Esgoto da cidade: antes o desafio era canalizar, hoje é tratar. Policiais e bombeiros ameaçam greve, e nesta terça terá novo protesto.
20/12/2016 11:58 em LEOPOLDINA

 

Ontem eu ia falar sobre dois assuntos que vejo como quase uma unanimidade entre os leopoldinenses: mais empregos e o esgoto jogado em nossos córregos. O texto ficou grande e deixei a questão do esgoto para hoje.

A cidade nos últimos anos recebeu muitas notícias sobre o tratamento do esgoto, que o município teria conseguido cerca de 50 milhões de reais junto ao governo federal, que o dinheiro estava à disposição ou já depositado na conta da prefeitura e que projetos estavam sendo feitos. Por serem recursos dos chamados “fundos perdidos” o município não pagaria nada e a cobrança mensal do esgoto seria pequena quando comparado ao preço da Copasa. O tempo passou e nada aconteceu, nada foi feito.

Qualquer pessoa observadora quando vê o que acontece com o nosso esgoto e o que ele causa quer a solução para o caso e até com certa urgência. Ninguém de bom senso aceita passivamente o comodismo de nossos governantes, sejam eles municipal, estadual ou federal, em deixar todo o esgoto de uma cidade como a nossa ir para os córregos sem o tratamento necessário.

Desafios têm que ser enfrentados. Nos anos 1984-85 o bairro Bela Vista tinha um percentual enorme de esgoto sem canalização jogado nas ruas. O mesmo acontecia nos bairros São Cristóvão, Três Cruzes, Quinta Residência e outros. Em ação ousada, o governo do prefeito Osmar Lacerda França (Liliu) enfrentou o desafio e, com mutirões nos finais de semana, prefeitura e moradores das ruas faziam a canalização do esgoto. Foi um enorme avanço que teve sequência em outros governos, sem os mutirões.

Na minha avaliação, o tratamento do esgoto deve ser a prioridade número um do próximo governo Zé Roberto. O deputado Marcus Pestana, em entrevista aqui na nossa Rádio Jornal, citou que já há um trabalho do prefeito, com a sua participação junto ao ministro das Cidades Bruno Araújo, para enfrentar esse grande desafio. Vamos aguardar, vamos acompanhar.

 

Policiais militares e bombeiros fizeram nessa segunda-feira (19) um protesto com indicativo de greve caso a Proposta de Lei Complementar (PLP) 257 seja aprovada pelo Congresso. A medida trata da renegociação da dívida dos Estados, mas provoca, segundo as categorias, cortes em benefícios de servidores públicos. A Polícia Civil também protocolou nessa segunda-feira (19) um documento informando que a corporação poderá entrar em greve se o texto for aprovado.

O chefe da sala de imprensa da Polícia Militar (PM), capitão Flávio Santiago, confirma a mobilização dos servidores, mas explicou que a possibilidade de greve não é uma decisão institucional. “O comando legitima a movimentação porque ele também não concorda com os termos da PLP 257”, afirmou o porta-voz da corporação.

Após uma reunião com o governador, o coronel Marco Antônio Bianchini, comandante geral da PM, informou que os protestos continuam nesta terça-feira (20), mesmo com o comprometimento de Fernando Pimentel de não aderir à proposta. “Amanhã (20), em todo o Estado de Minas Gerais, haverá manifestações dos militares. Devemos mostrar para o governo federal que não aceitaremos essas imposições”, informou o coronel em vídeo feito pela própria PM.

O secretário de Governo de Minas, Odair Cunha, garantiu na tarde dessa segunda-feira (19) que o governador Fernando Pimentel (PT) não irá aderir à atual renegociação da dívida do Estado com a União se o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257 for aprovado na Câmara Federal e sancionado pelo presidente Michel Temer (PMDB).

 

Por José Geraldo Gué

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