Redução dos agentes penitenciários pode afetar a segurança nos presídios.
Cinco agentes penitenciários que trabalham no Presídio de Leopoldina foram demitidos pelo Governo do Estado de Minas Gerais. De acordo com informações obtidas pela reportagem do Jornal O Vigilante Online, as demissões foram comunicadas nesta segunda-feira (26), pelo diretor da unidade, Valdinei Nunes Mariano. Os demitidos tinham contrato temporário precário e a partir desta terça-feira (27) já não exercem mais suas funções. Em Leopoldina, cada plantão conta com 6 a 7 agentes penitenciários e a diminuição do quadro pode afetar a segurança do Presídio. Até a comunicação das demissões feita pelo Governo do Estado, o Presídio de Leopoldina contava com 56 agentes penitenciários.
Cataguases
De acordo com o Site do Marcelo Lopes, nosso parceiro na região, a partir desta terça (27), 19 agentes penitenciários contratados lotados no presídio de Cataguases foram demitidos. A lista traz apenas os nomes dos agentes que assumiram seus cargos no dia 27 de setembro de 2009, portanto, os que têm mais tempo de serviço, segundo ainda esta mesma fonte. O e-mail enviado ao presídio de Cataguases com os nomes dos demitidos, a que o Site teve acesso, não informa o motivo do desligamento, nem tampouco se eles serão substituídos por servidores concursados. Em Cataguases existem aproximadamente 60 agentes penitenciários, a grande maioria não concursada, como, aliás, ocorre em todo o Estado.
Minas Gerais possui cerca de 55 mil detentos e pouco mais de 16 mil agentes, 80% deles não efetivados, segundo o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado (Sindasp-MG). Esses funcionários contratados seguem as regras de um trabalhador comum, mas não contam com os benefícios dos servidores efetivos da área. A partir de 2012, o Estado começou a fazer concursos para substituí-los, e hoje, a cada agente efetivado, um contratado é demitido.
Segundo um dos demitidos que conversou com a reportagem do Site, as demissões fragilizam a segurança, mudando a forma de tratamento dada aos presos que não terão mais um tratamento humanizado. “Serviços como atendimentos técnicos com psicóloga, dentistas, assistentes sociais, técnico jurídico e escoltas hospitalares não serão mais realizados por falta de pessoal”, disse. O outro lado da moeda é que a demissão de um agente penitenciário coloca no mercado de trabalho um profissional cuja qualificação e experiência por serem muito específicas, não vai lhe ajudar a conseguir uma nova colocação, analisa o agente agora demitido.
Protestos
O Jornal O Vigilante Online foi informado que uma manifestação será promovida em Cataguases nesta terça-feira, no período da manhã, protestando contra a atitude do governo mineiro.
Fonte: O VIGILANTE ONLINE