Operação prende vereador e chefe de gabinete em Nova Lima, na Grande BH, por suspeita de 'rachadinha'
Publicado em 11/05/2021 13:44
REGIÃO

 

O vereador Tiago Tito (PSD) e o chefe de gabinete dele foram presos pela Polícia Civil e Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), na manhã desta terça-feira (11), durante a segunda fase da operação Contrato Leonino, em Nova Lima, na Grande BH, por suspeita de esquema de "rachadinha". Outros crimes são investigados.

O promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPMG Fabrício José da Fonseca Pinto disse que eles recebiam parte dos salários de assessores, mas que uma delas não aceitou o esquema e foi ameaçada.

 

"Depois da análise de materiais e oitivas culminou essa segunda fase de hoje", disse o delegado.

 

Ainda segundo Fonseca Pinto, está em investigação quanto de dinheiro foi desviado e como eles faziam a lavagem dele.

Já o delegado responsável, Gabriel Fonseca, explicou que mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Câmara Municipal de Vereadores. Documentos, aparelhos eletrônicos, notebooks e celulares foram apreendidos.

ação é um desdobramento da investigação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção que, em 18 de dezembro de 2020, na câmera de vereadores que cumpriu mandado de busca e apreensão no gabinete de seis vereadores.

Nesta segunda fase, de acordo com a PC, foram identificados indícios dos mesmos crimes, mas por outro vereador. As irregularidades são: peculato na modalidade conhecida como "rachadinha", associação criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e uso de documento falso, dispensa irregular de licitação e lavagem de dinheiro. As penas variam de dois a 12 anos.

O delegado falou ainda que o foco da operação policial desta terça-feira foi o vereador e o chefe de gabinete. Os policiais também cumpriram 13 mandados de busca e apreensão contra assessores e um empresário da construção civil da cidade, que teria sido favorecido em licitações.

O promotor explicou que esse empresário ajudou financeiramente na campanha eleitoral de Tiago Tito e, para recompensá-lo, foi beneficiado em contratos públicos. Um deles, no valor de R$ 20 milhões, é investigado para verificar se há irregularidades. Segundo ele, não há indícios de crime eleitoral.

 

O que diz a Câmara Municipal

 

 

"Com relação ao mandado de busca e apreensão direcionado ao gabinete do vereador Tiago Tito, na manhã desta terça-feira(11), a atual gestão da Câmara Municipal de Nova Lima reitera seu compromisso com a transparência, estando à disposição das autoridades competentes para contribuir no processo investigativo".

 

TV Globo também entrou em contato com o parlamentar e, até a última atualização desta reportagem, não havia obtido retorno.

 

Fonte: G-1 Minas

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