A reportagem da TV Globo conversou com outra paciente que fez um procedimento estético na Clínica Belíssima e precisou ser internada após complicações. Ela acompanhou a irmã em uma consulta, e Joshemar passou a sugerir alguns procedimentos cirúrgicos.
Ela fez exames para a cirurgia e um deles apontou infecção urinária. Mesmo assim, o médico marcou o procedimento e, após a cirurgia, a paciente começou a passar mal.
No caso de Edisa, conversas no WhatsApp mostram que uma funcionária recomendou que a jovem tomasse medicamentos para melhorar o resultado dos exames antes das cirurgias.
O advogado Lucas Monnerat, que acompanha um dos processos do médico na Justiça, afirma que a defesa de Joshemar tenta evitar que os casos voltem a vir a publico.
"Eles pedem a decretação do sigilo e, com a decretação do sigilo, infelizmente, as pessoas acabam não tendo acesso a esses outros processos em andamento e isso inviabiliza que pessoas que procuram essas clínicas, esses profissionais, saibam os prejuízos que eles causaram a outros pacientes anteriores", pontua o advogado.

A família de Edisa espera que o médico seja punido.
"O tanto que eu estou sofrendo sem minha filha, e ele trabalhando normalmente. Ele tirou um pedaço de mim", disse a mãe da jovem, Arlete de Jesus Mota.
O inquérito da Polícia Civil foi encaminhado para o Ministério Público, responsável por denunciar ou não o médico.
Em nota, a Clínica Belíssima afirmou que "possui todos os alvarás para funcionamento como Hospital Dia, bem como todos os equipamentos e equipe treinada para os procedimentos cirúrgicos. Esclarece também que a paciente Edisa de Jesus Soloni, ao ser constatada a intercorrência, foi imediatamente levada ao hospital geral, onde chegou lúcida e com oxigenação de 98%".
Disse, ainda, que o médico Joshemar Heringer "tem os devidos certificados de residência em cirurgia geral e cirurgia plástica" e que "não existe nenhuma denúncia criminal de suposta outra vítima".
Já Joshemar Fernandes Heringer declarou, em nota, que a conclusão do inquérito não levou em conta o laudo do IML que "atesta, sem sombra de dúvidas, que o óbito da paciente Edisa de Jesus Soloni se deu em função de uma embolia pulmonar biodinâmica ( intercorrência grave imprevisível e inevitável que independe do correto atuar médico). Ressalte-se que esse tipo de fatalidade não é detectável em exames pré-operatórios, ou ainda nos cuidados pós-cirúrgicos".
Ele falou ainda que "aguarda com serenidade a eventual citação, quando poderá exercer o seu direito de defesa, confiante que sua inocência será provada pela Justiça".
Fonte: G- Minas