Em carta enviada à prefeitura de BH, médicos questionam critérios para a volta às aulas presenciais
07/06/2021 05:35 em REGIÃO

 

A Sociedade Mineira de Pediatria e a Associação Brasileira (SMP) de Neurologia e Psiquiatria Infantil (Abenepi) enviaram, nesta semana, um ofício à prefeitura de Belo Horizonte se posicionando contra os critérios anunciados pelo Comitê de Enfrentamento à Covid para a volta às aulas na capital mineira. Em BH, apenas alunos até cinco anos estão frequentando as escolas.

As entidades defendem que a reabertura é segura, especialmente para crianças com menos de dez anos e garantem que a volta às aulas em outros locais não ocasionou aumento da transmissão da Covid-19.

Nesta semana, a prefeitura divulgou uma nota técnica com os indicadores que serão levados em conta para o retorno às salas de aula, entre eles, tendência de casos novos por 100 mil habitantes, mortalidade, letalidade e vacinação.

Com base nestes indicadores, a prefeitura faz um cálculo e estabelece o chamado percentual da normalidade. Os cálculos serão feitos a cada 14 dias. Abaixo de 50%, o recomendado é só aula online. Para crianças até 5 anos, o índice precisa estar entre 50 e 70%. De 6 a 12 anos, a taxa deve estar acima de 71%. E para adolescentes até 18 anos, índice superior a 81%.

Sem definir data, a prefeitura também anunciou que esta faixa etária poderá frequentar a escola duas vezes por semana, durante três horas por dia, em “microbolhas”.

Os pediatras, psiquiatras e neurologistas que assinam a carta afirmam que o documento apresentado pela prefeitura “não apresenta rigor científico e nem referências bibliográficas robustas para a criação de uma matriz de risco com a soma de escores para Covid-19”. E também cobram a participação de pediatras na elaboração dos critérios para a retomada das aulas.

 

Fonte: G-1 Minas

COMENTÁRIOS
Comentário enviado com sucesso!