A Polícia Civil investiga uma revendedora de carros de luxo que fica no bairro Sion, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, suspeita de não repassar dinheiro e até documentos a compradores e clientes que deixaram veículos consignados.
Seis pessoas procuraram a Delegacia Especializada em Investigação de Furtos e Roubos de Veículos, em Belo Horizonte, na noite desta terça-feira (9), alegando prejuízos.
De acordo com as investigações, os responsáveis pela agência revendiam os carros que estavam consignados e não repassavam a quantia completa para o dono. Quando o proprietário reclamava que não havia recebido o valor integral, ele dava outro carro como garantia e causava um prejuízo a outro cliente que tinha deixado o carro na agência para ser revendido.
O empresário Anderson Luiz foi um deles. Deixou a BMW ano 2018, avaliada em R$ 225 mil, consignada para a venda. O veículo foi repassado a outra pessoa, mas Anderson recebeu apenas um terço do valor de tabela.
“Eu senti falta do meu veículo quando fui na agência mostrar para outro interessado e o dono da agência tinha repassado o carro como garantia de uma dívida anterior para outra pessoa”, contou o empresário.
Pablo Rodrigues deixou dois carros na agência para a venda. Ele recebeu parte do dinheiro de uma das vendas e quando foi no local percebeu que o outro veículo dele, avaliado em R$ 150 mil, não estava na agência.
“O dono me disse que ia fazer uma reforma e retirou os veículos do local, voltei dois dias depois e a revendedora estava fechada. Foi aí que procurei a polícia”.
O caso é investigado há cerca de três meses e, segundo a Polícia Civil, o dono da agência pode responder por dois crimes: estelionato e furto mediante fraude.
O advogado da empresa esteve na delegacia e disse ao G1 que a agência passa por problemas financeiros por causa da pandemia e, por isso, o dono não conseguiu honrar com alguns compromissos, mas tem negociado os pagamentos e que não é a intenção causar prejuízo a nenhum cliente.
Fonte: G-1 Minas