Variante britânica do coronavírus é identificada em morador de Cataguases
11/06/2021 05:49 em REGIÃO

 

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, paciente teve exame laboratorial realizado em 18 de fevereiro e a suspeita foi confirmada nesta quarta-feira pela Funed.

A Prefeitura Municipal de Cataguases informou nesta quinta-feira, 10 de junho, que identificou a variante britânica do coronavírus em um morador da cidade.

Segundo a publicação daquela prefeitura, o paciente em questão teve seu exame laboratorial realizado no dia 18 de fevereiro e, como em todos os exames positivos do Estado, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) fez o estudo e pesquisa da cepa que originou a doença, no caso a Covid-19, já que existem diversas variantes em circulação no Brasil e no mundo.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Cataguases, a informação oficial da identificação da variante foi recebida nesta quarta-feira (9), em função do grande fluxo de amostragens para pesquisas que chegam diariamente de todos os municípios mineiros.

A Secretaria informou que existe um trâmite que a instituição realiza com provas e contraprovas, de modo que postergou a informação da identificação desta variante.

Variante britânica
Estudo publicado em dezembro descreve que os dois primeiros casos da B.1.1.7 foram detectados nas cidades de Kent e em Londres, em 20 e 21 de setembro, respectivamente.

A vacina desenvolvida pelas empresas Pfizer e BioNTech contra a Covid-19 conseguiu neutralizar, em laboratório, três variantes do coronavírus, incluindo a do Reino Unido, aponta um estudo publicado na revista científica “Nature Medicine”.

Fonte: Jornal O Vigilante Online

Hospital divulga Carta Aberta em que pede lockdown por quinze dias

Por Marcelo Lopes

O Hospital de Cataguases realizou na tarde desta quinta-feira, 10 de junho, uma manifestação pública e divulgou uma Carta Aberta a Cataguases e Região intitulada “O Hospital Pede Socorro”. O texto, além de analisar a situação da pandemia, o papel daquela Santa Casa e o contexto regional e nacional da doença, reivindica lockdown completo. No mesmo documento o Hospital refuta qualquer culpa sobre o atual estágio da doença na cidade e também sobre a alta mortandade, afirmando ser vítima da atual realidade da pandemia no município, uma vez que o tratamento inicial da pandemia vem através de medidas restritivas impostas pelo poder público.

Coordenada pelo médico e diretor técnico do Hospital de Cataguases, Pedro César Martins e que reuniu a equipe de profissionais da linha de frente da saúde daquela Santa Casa, a iniciativa foi organizada para mostrar a atuação do Hospital nesta pandemia como “último elo de toda essa corrente” na prestação de assistência aos enfermos “incessantemente”, conforme revela o texto lido na abertura do evento que aconteceu na entrada principal daquele Hospital. Desde o início da pandemia, acrescenta o texto lido por Sarah Almeida Vieira Miranda, Responsável Técnica de Enfermagem, aquela Santa Casa funciona com 100% de sua capacidade sem perspectiva de melhora nesta situação.

De acordo com a Carta Aberta, é preciso testar o maior número possível de pessoas e “quanto mais cedo for detectada a doença, mais fácil será o tratamento.” E afirma que o hospital tem feito o máximo que está ao seu alcance, “mas precisa fortemente da contribuição da sociedade em geral”, completando com o lembrete de que não “podemos estar em festas”, nem em eventos, acrescentando em seguida que “ainda falta leitos, com pacientes aguardando transferência.” Sobre o aumento da mortandade, o texto revela que ela está ligada “diretamente com a agressividade do vírus, com a morosidade da vacinação, com a demora da procura ao serviço de saúde e com a falta de informação sobre quais medidas necessárias devem ser tomadas por cada indivíduo no início dos sintomas.”

Antes de encerrar, o médico Pedro César Martins lembrou em seu discurso a dificuldade de encontrar médicos para trabalhar e manifestou seu apoio à Secretaria Municipal de Saúde afirmando em seguida que “nós do hospital temos feito todo os esforço e dado o melhor de cada um de nós para atender a todos os pacientes.” Além de reconhecer a alta mortandade, explicou que ela ocorre não por falha no tratamento, mas por causa da gravidade da doença acrescentando que casos leves são orientados a ficar em casa com medicação. Por fim, revelou que a equipe que atende aos pacientes com Covid-19 no Hospital adota o mesmo tratamento que é consenso no Brasil, “inclusive na Usp e em hospitais de grandes centros.” E finalizou pleiteando a redução “ao máximo da atividade produtiva no município.”

Fonte: Site do Marcelo Lopes / Jornal O Vigilante

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