Barragens mais perigosas

Três barragens à montante estão em nível três de emergência, o alerta máximo, que indica a possibilidade de ruptura a qualquer momento. São a Sul Superior, em Barão de Cocais, a B3/B4, em Macacos, e a Forquilha III, em Ouro Preto.
Segundo o Ministério Público, a Vale, responsável pelas estruturas, não deve cumprir o prazo de descomissionamento delas.
“Precisa estudo ainda mais aprofundado dessas estruturas em nível 3, que precisam ser acompanhadas minuciosamente para o descomissionamento efetivado no prazo mais curto possível. Para que elas sejam descomissionadas com segurança operacional para a sociedade mineira”, disse o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto.
A Agência Nacional disse que acompanha as barragens à montante desde que a lei entrou em vigor. E que é possível prorrogar o prazo para o descomissionamento por causa do tamanho e do volume de algumas delas.
"A Vale segue avançando com seu Programa de Descaracterização de barragens a montante, iniciado em 2019. Até o momento, cinco barragens foram completamente descaracterizadas e reintegradas ao meio ambiente.
A primeira barragem a ser completamente descaracterizada foi a 8B, na mina de Águas Claras, em Nova Lima, ainda em 2019, seguida por três estruturas no Pará. A descaracterização do dique Rio do Peixe, em Itabira, também está concluída e a próxima barragem a ser descaracterizada será a Barragem Fernandinho, também em Nova Lima (MG).
O Programa de Descaracterização de barragens da Vale é baseado em informações e estudos técnicos e considera a especificidade de cada uma das 30 estruturas geotécnicas, compreendendo 16 barragens, 12 diques e dois empilhamentos drenados. Seu avanço representa o comprometimento da Vale com uma abordagem cada vez mais técnica, transparente e, principalmente, com foco na segurança.
A Vale reforça que todas as suas barragens são monitoradas permanentemente por dois modernos Centros de Monitoramento Geotécnicos (CMG) em Minas Gerais, além de inspeções em campo, manutenções, monitoramento por radares, estações robóticas, câmeras de vídeo com inteligência artificial e por instrumentos, como piezômetros manuais e automatizados, drones de inspeção, radar satelital e geofones (sensores para medir ondas sísmicas)."
Fonte: G-1 Minas