O furto de 21 metralhadoras de um quartel em Barueri, na Grande São Paulo, nesta semana, é o maior desvio de armas registrado pelo Exército brasileiro desde 2009, quando o Instituto Sou da Paz começou a fazer esse tipo de levantamento. Treze das armas levadas têm poder de fogo para derrubar aeronaves. O levantamento foi divulgado pelo g1.
O desaparecimento das 13 metralhadoras calibre .50 e outras 8 metralhadoras calibre 7,62 foi confirmado numa vistoria na última terça-feira (10). Em resposta, cerca de 480 militares do Arsenal de Guerra em Barueri foram obrigados a ficarem “aquartelados”.
Em outras palavras, os militares da base não podem deixar o local e nem irem embora. Segundo o Exército, todos serão ouvidos na investigação interna feita pela corporação para tentar encontrar e recuperar o armamento. Depois disso poderão sair.
A corporação não trata a medida como uma prisão, mas do lado de fora, familiares dos “aquartelados” ouvidos neste sábado (14) pela reportagem reclamaram que não têm notícias dos militares. Até a última atualização desta reportagem nenhum suspeito pelo sumiço do armamento foi identificado ou detido. E nenhuma das armas havia sido recuperada.
O Sou da Paz é uma entidade sem fins lucrativos que faz análises entre armas e segurança pública. De acordo com a ONG, antes do sumiço das metralhadoras em Barueri, o maior registro de desvio de armas dentro de um quartel até então tinha ocorrido há 14 anos no batalhão do Exército em Caçapava, no interior paulista.
Em 8 de março de 2009, foram roubados sete fuzis de um posto de sentinela do batalhão. À época, o Exército havia informado que criminosos invadiram o 6º Batalhão de Infantaria Leve em Caçapava, renderam os militares e levaram as armas.
Até junho daquele ano a Polícia Civil encontrou e recuperou os sete fuzis roubados. Também prendeu suspeitos pelo crime, inclusive um militar suspeito de dar apoio à quadrilha.
Fonte: Gazeta Brasil