Previsto para iniciar às 21h30, o jogo só começou após as 22h, devido a confusão generalizada entre torcedores rivais e, em seguida, com a polícia, no setor Sul do estádio. Vale ressaltar que os ingressos foram vendidos sem separação de torcida, como acontece no Brasileirão, por exemplo.
Com a derrota, o Brasil caiu para a sexta posição, a última que garante vaga direta à Copa de 2026. Já a Argentina assumiu a ponta da tabela, com 15 pontos, dois a mais que o Uruguai, o segundo colocado.
Essa foi a terceira derrota consecutiva do time de Diniz, uma sequência que não acontece há 22 anos. O pior momento foi em 2001 quando o Brasil teve uma série de quatro derrotas seguidas.
Com essa última partida de 2023, o Brasil chegou ao pior aproveitamento no século. Foram 9 jogos, com 3 vitórias, um empate, e 5 derrotas. O time marcou 15 gols e sofreu 14, um aproveitamento final de apenas 37%.
Com a bola rolando, o duelo também começou quente. Logo aos quatro minutos, Gabriel Jesus foi amarelado após deixar a mão no rosto do meio-campista De Paul, que ficou deitado no gramado com o nariz sangrando. Aos 13 foi a vez de Raphinha acertar o jogador e também ser advertido com a tarjeta amarela.
Enquanto isso, os goleiros eram meros espectadores, já que as equipes pouco criavam. E assim seguiu até que aos 37 minutos, Raphinha cobrou falta na intermediária e a bola caprichosamente desviou na barreira e saiu raspando o travessão de Martínez. Aos 42 foi a vez de Martinelli ter a chance de abrir o placar e ser parado pelo zagueiro Romero, que tirou a bola para escanteio praticamente em cima da linha.
Na volta para o intervalo, o técnico Fernando Diniz promoveu a primeira alteração na equipe. O capitão Marquinhos, com dores na coxa esquerda, saiu para a entrada de Nino, zagueiro do treinador no Fluminense. Essa é a estreia do jogador com a camisa amarelinha.
Melhor em campo, o Brasil teve a segunda melhor chance do jogo de abrir o placar. Aos 12 minutos, Gabriel Jesus arrancou da intermediária, saiu limpando a marcação até a entrada da grande área quando perdeu o domínio da bola. Ela sobrou nos pés de Martinelli que, cara a cara com o goleiro, chutou em cima do arqueiro que conseguiu afastar o perigo.
E foi aí que o ditado: “quem não faz, leva”, resolveu entrar em ação aos 17 minutos.Lo Celso cobrou escanteio pela direita, a bola viajou até a grande área e encontrou Otamendi. O zagueiro subiu mais que a marcação e cabeceou no ângulo direito de Alisson, que nada pôde fazer.
Atrás no marcador, Diniz fez mais duas substituições na equipe. Endrick e Joelinton entraram nas vagas de Raphinha e Gabriel Magalhães, respectivamente. Aos 32 foi a vez de Douglas Luiz e Raphael Veiga serem acionados para os lugares de Bruno Guimarães e Gabriel Martinelli.
Com pouco mais de nove minutos em campo, Joelinton acabou levando o vermelho após acertar De Paul em lance de dividida próximo ao meio-campo. Para o árbitro, o fato foi visto como agressão por parte do atacante brasileiro.
Das arquibancadas, a torcida brasileira passou a vaiar o time e entoar o grito de “time sem vergonha”. Ainda teve o tradicional grito de “olé”, quando os hermanos seguravam a bola e partiam para o ataque. Assim foi até o apito final.
Fonte: Jornal Hoje em Dia
