Somente em março, segundo o último relatório publicado pela Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores), foram comercializados 1.181.376 veículos no Brasil. Estes dados mantêm a média de crescimento do primeiro trimestre de 2024 e representam um aumento de 3,4%, em comparação com o mês de fevereiro. No acumulado do ano o crescimento chegou a 4,9%, em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 3.525.531 unidades vendidas.
Crescimento em Minas
Em Minas Gerais, foram 144.241 veículos vendidos em março. Em comparação ao mês de fevereiro, a alta chegou a 2,8%, quando foram negociados 140.275 carros. No acumulado do ano foram 434.887 unidades vendidas, representando um aumento de 0,3% em comparação com os 436.095 comercializados durante o primeiro trimestre de 2023. Na capital Belo Horizonte, foram 37.845 automóveis vendidos. Já no acumulado do ano, o número chegou a 124.983 veículos comercializados, representando um aumento de 7,3%, em relação aos 116.443 vendidos no primeiro trimestre do ano passado. Também no acumulado de 2024, a média de vendas por dia útil teve um aumento de 14,5%, passando de 1.819 em 2023 para 2.083 neste ano.
Gol e Palio lideram
Entre os modelos mais vendidos em Minas Gerais, o Gol da Volkswagem continuou na liderança com 8.646 unidades comercializadas no mês de março. Em segundo lugar, ficou o FIAT Uno com 6.276, enquanto o FIAT Palio garantiu a terceira posição com 5.927 carros vendidos. Na capital do estado, o Gol também liderou o ranking com 1.622, seguido pelo Uno com 1.449 e o FIAT Palio com 1.404 veículos comercializados.
Expectativa positiva
“O primeiro trimestre do ano confirmou as expectativas positivas para o segmento de seminovos. A projeção segundo a Fenauto é de finalizar o ano com um saldo de 14,5 ou 15 milhões de veículos vendidos, um número expressivo, aumentando ainda mais a confiança para o mercado como um todo para os próximos meses”, afirma o presidente da Assovemg (Associação dos Revendedores de Veículos do Estado de Minas Gerais) Glenio Junior.
Indicadores econômicos
Na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), no dia 20 de março, a taxa Selic continuou sua trajetória de queda, atingindo os 10,75%. A expectativa é de finalizar o ano de 2024 em 9% e chegar em 2025 em 8,5%. A inflação, em queda desde outubro de 2023, chegou ao patamar dos 4,50%, com o esperado para o IPCA de chegar aos 3,76% até o fim do ano. Já o dólar continua oscilando na casa dos R$ 5,05 e deve se manter nessa faixa até 2025.
Juros menores
Os juros médios cobrados pelas instituições financeiras nas operações com cartão de crédito rotativo atingiram o menor patamar desde dezembro de 2022, quando estavam em 411%. Segundo o Banco Central, a taxa recuou de 419% ao ano em janeiro para 412% anuais em fevereiro. Apesar do valor ainda elevado, a trajetória de queda segue sendo um aspecto tranquilizador. Por outro lado, a taxa de juros cobrada no cheque especial subiu de 126% para 132%.
Avanço na renda
Segundo último balanço da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), publicada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a renda da população brasileira ocupada seguiu em alta com um rendimento real habitual estimado em R$ 3.110,00 até fevereiro, representando um avanço de 1,1% ante o intervalo até novembro e de 4,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Elétricos e híbridos
Já no mercado automotivo, vale citar as vendas de elétricos e híbridos que quase triplicaram em um ano em todo o país. O grande destaque do segmento ficou por conta do BYD Dolphin Mini. O Hacht compacto registrou um recorde de 2.469 emplacamentos no seu primeiro mês no país, superando seu irmão Dolphin, como o carro elétrico que mais vendeu unidades em único mês, segundo balanço da consultoria Jato do Brasil.
Números consistentes
“O segmento segue se superando mês após mês com números fortes e consistentes. A expectativa para os próximos meses é de acompanhar os bons indicadores econômicos e trabalhar para continuar puxando o mercado automotivo como um todo. É o que temos visto com nossos associados, vontade de trabalhar e expectativas positivas para 2024”, comenta Glenio.
Fonte: Jornal O Tempo