A jovem Isabelly Aparecida, de 23 anos, que foi atacada com soda cáustica no meio da rua no Paraná, recebeu alta no último sábado (08 de junho) depois de ficar 17 dias internada. Após o susto, Isabelly vai seguir com o tratamento em casa.
Em entrevista à RPC, a jovem contou como tem sido a recuperação e os momentos difíceis que viveu no hospital:
“Acordei depois de três dias. Foi a sensação mais horrível da minha vida. Do nada você está bem e, de repente ,você acorda intubada, ligada em um monte de aparelho. Eu estava perdida, não sabia o que estava acontecendo”, disse.
Isabelly também relembrou o dia em que foi atacada quando estava a caminho da academia:
“Eu estava subindo a rua para a academia, quando vi uma pessoa com roupa masculina, com peruca, luva e copo borbulhando. Na hora assustei e fui tentar atravessar a rua. Lembro que ela veio e jogou o produto em mim. Depois disso só senti a dor, pedi socorro e cheguei ao hospital. Depois não lembro mais nada”, contou.
A jovem não teve sequelas graves no rosto, mas tem hematomas na boca, nos seios e precisou cortar o cabelo, que antes era longo, mas foi queimado com o produto. Ela também seguirá tomando remédios e só pode se alimentar com comidas pastosas e geladas.
No Instagram, a jovem falou sobre a recuperação.
Relembre o caso:
Isabelly foi queimada com soda cáustica no dia 22 de maio, em Jacarezinho, no Paraná. A responsável por jogar o produto é Débora Custódio, que confessou o crime ao ser presa pela Polícia Militar.
A motivação do fato foi ciúmes. O advogado de Débora afirmou que a cliente sofreu uma série de humilhações e provocações por parte de Isabelly, que foi namorada do atual companheiro de Débora. A vítima negou que mantinha contato com o atual casal.
Câmeras de segurança flagraram a reação de Isabelly ao ser atacada na rua. Ela sai desesperada a procura de ajuda. As imagens também mostram Debora disfarçada de homem, com roupas pretas e uma peruca pouco antes de atacar a vítima.
A acusada vai responder por tentativa de homicídio qualificado, com as qualificadoras de recurso que dificultou a defesa da vítima, motivo fútil (ciúmes), emprego de meio cruel e feminicídio. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público no dia 07 de junho.
Fonte: Jornal O Tempo