STF mantém prisão de policial federal de Juiz de Fora e mais 4; agente trabalhou durante facada em Bolsonaro
BRASIL
Publicado em 14/07/2024

 

Supremo Tribunal Federal (STF) manteve as prisões preventivas dos cinco presos pela Polícia Federal (PF) em mais uma fase da investigação que apura o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do presidente Jair Bolsonaro.

As prisões foram mantidas após a realização de audiências de custódia conduzidas por um juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que determinou as prisões nesta quinta-feira (11). Na ocasião, foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão pelo STF, nas cidades de Brasília (DF), Curitiba (PR), Juiz de Fora (MG), Salvador (BA) e São Paulo (SP). O uso do programa espião FirstMile foi revelado pelo Jornal O Globo.

 

 

 


Nesta fase da operação, o policial federal Marcelo Araújo Bormevet, de Juiz de Fora, foi preso.  Também foram apreendidos Mateus de Carvalho Sposito, ex-funcionário da Secretaria de Comunicação da Presidência da República durante o governo Jair Bolsonaro, o empresário Richards Dyer Pozzer, o influenciador Rogério Beraldo de Almeida, e o militar do Exército Giancarlo Gomes Rodrigues.

De acordo com as investigações, a Abin foi utilizada durante o governo Bolsonaro para favorecer filhos do ex-presidente e fazer ações de vigilância contra ministros do Supremo e políticos opositores.

Nesta quinta-feira, a Polícia Federal realizou a 4ª fase da Operação Última Milha, com o objetivo de desarticular organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Abin.

Bormevet, que faz parte da corporação desde 2005, atuou na equipe de segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha de 2018. De acordo com informações do Jornal O Globo, durante esse período, ele ganhou a confiança do ex-chefe do Executivo e do delegado da PF Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, sobretudo após sua atuação durante o evento em Juiz de Fora que culminou com a facada desferida contra Bolsonaro por Adélio Bispo em Juiz de Fora, no Calçadão da Rua Halfeld.

 

Vale destacar que Ramagem, durante sua gestão, nomeou Bormevet como chefe do Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin. As investigações indicam que a estrutura foi usada para monitorar ilegalmente adversários de Bolsonaro.

 

Sob o governo Lula, Bormevet também assumiu um cargo de confiança como assessor na Subchefia Adjunta de Infraestrutura da Casa Civil.

 

No entanto, ele foi afastado do cargo em janeiro por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em abril, a Controladoria-Geral da União iniciou um processo administrativo disciplinar (PAD) contra ele.

Fonte: Tribuna de Minas

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