A Polícia Civil de Pernambuco indiciou o cantor Gusttavo Lima sob suspeita de lavagem de dinheiro e organização criminosa, no contexto da Operação Integration. Esta operação, que abrange 53 alvos em seis estados brasileiros, foi destaque em uma reportagem do programa Fantástico, exibida neste domingo, 29.
O indiciamento de Gusttavo Lima ocorreu em 15 de setembro, apenas oito dias antes de a Justiça pernambucana decretar sua prisão e suspender seu passaporte e registro de arma. No entanto, essa decisão foi revogada em segunda instância no dia seguinte.
Agora, cabe ao Ministério Público decidir se apresentará uma denúncia formal contra o cantor. Detalhes das investigações revelados durante a reportagem indicam que a polícia apreendeu R$ 150 mil na sede da Balada Eventos e Produções, empresa de shows de Gusttavo, localizada em Goiânia (GO). Além disso, foram encontradas 18 notas fiscais sequenciais, emitidas em um único dia por sua outra empresa, GSA Empreendimentos, em transações para a PIX365 Soluções, que está ligada à investigada Vai de Bet.
Os investigadores afirmam que, ao todo, mais de R$ 8 milhões foram movimentados por meio da imagem do cantor. O dinheiro em espécie e as notas fiscais são vistos como indícios de atividades ilegais.
A defesa de Gusttavo Lima sustentou que sua relação com as empresas sob investigação se restringe ao uso de sua imagem e à venda de uma aeronave. Após uma apresentação em Marabá (PA) na última sexta-feira (27), onde se apresentou pela primeira vez após o pedido de prisão, o cantor retornou aos Estados Unidos.
Apesar da revogação do pedido de prisão preventiva, concedida por habeas corpus na última terça-feira (24), Gusttavo decidiu cancelar um show programado para Petrolândia (PE), que custaria R$ 1,1 milhão.
A Operação Integration também mirou a influenciadora e advogada Deolane Bezerra e investiga crimes de lavagem de dinheiro e jogos ilegais, com a organização criminosa suspeita de movimentar cerca de R$ 3 bilhões em atividades ilícitas. A situação de Gusttavo Lima continua a ser monitorada de perto, enquanto a repercussão do caso segue gerando debate nas redes sociais e na mídia.
Fonte: Gazeta Brasil