Black Friday: 45% dos produtos sofrem aumento às vésperas da data
BRASIL
Publicado em 29/11/2024

 

Na sexta-feira (29), será realizada a edição 2024 da Black Friday e, com ela, cresce a expectativa de os consumidores encontrarem produtos com preços abaixo da média praticada no mercado. Com dinheiro no bolso – o dia é também de liberação da primeira parcela do 13º aos celetistas -, muitos pretendem ir às ruas para olhar vitrines e, quem sabe, levar algum produto para casa. 

Pesquisa divulgada pela Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) da cidade, que mensura a variação de preços de 29 itens, aponta que 13 deles ou 45% ficaram mais caros. O maior aumento se deu na Smart TV de 32 polegadas, cujo valor saltou de R$ 937,99 para R$ 2.877,99 em um dos quatro sites analisados pelo órgão. A pesquisa foi realizada no período de 9 de setembro a 18 de novembro e contemplou 29 produtos.

 

 

 

Mesmo por uma margem pequena, a pesquisa constatou que a maioria dos produtos analisados sofreu queda nos preços. O maior desconto foi identificado em um Notebook HP G9 Intel Core i3, que custava R$ 2.591,04 no começo da análise e está sendo comercializado a R$ 2.339,10, uma redução de quase 10% ou R$ 251,94. A pesquisa completa pode ser conferida no site da PJF. 

De acordo com levantamento do Instituto Locomotiva e QuestionPro, os itens mais procurados pelos consumidores na Black Friday são peças de roupas, seguidas por calçados, produtos de beleza e perfumaria, decoração e artigos para casa, celulares, eletrônicos, eletrodomésticos, artigos infantis, móveis, e artigos de pet shop. Destes, o maior desconto foi aplicado em ventiladores e circuladores, que tiveram queda de 15% em seus preços, conforme apuração da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que avaliou os valores dos produtos mais procurados nos últimos 40 dias.

Na Black Friday, o volume de consumo cresce tanto nas lojas físicas, quanto nas virtuais. Junto com ele, aumenta também a tentativa de golpes na internet, como páginas falsas que simulam e-commerce; promoções inexistentes enviadas por e-mails, SMS e mensagens de WhatsApp; e criação de perfis falsos de lojas em redes sociais.

Por isso, o diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), José Gomes, faz um alerta ao consumidor para tais práticas. “Os bandidos usam a tática da urgência nos consumidores, dizem que há uma grande oportunidade de compra com valor muito vantajoso e pedem que o pagamento seja feito naquele momento, para que o cliente não perca o produto. Sempre desconfie deste tipo de abordagem”, adverte.

 

Para evitar que o consumidor caia em golpes na internet, a professora do Curso de Direito da Estácio, Regiane Gonçalves, sugere que o comprador “verifique se o site da loja é confiável e pesquise referências e opiniões em portais, como o Procon e o Reclame Aqui”. Caso a loja não seja muito conhecida, a orientação é optar pelo pagamento com cartão de crédito, pois, se o produto não chegar, é possível solicitar o cancelamento, recomenda a advogada.

Durante o mês de novembro, o Procon intensifica a fiscalização nas ruas, de olho nas ações promovidas pelo comércio voltadas à Black Friday. Além disso, o órgão emitiu uma recomendação pública para os comerciantes, tendo por base as informações obtidas pelo Observatório de Dados das Relações de Consumo.

O estudo reúne reclamações feitas pelos consumidores entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, que, em grande parte, dizem respeito ao pós-venda do período da Black Friday e das festas de final de ano, como oferta não cumprida, publicidade enganosa, cobrança abusiva para alterar ou cancelar contrato e demora na entrega de produtos.

 

Fonte: Site do Tribuna de Minas

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