Um passeio em família terminou em tragédia para moradores de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Arthur Saymon, de apenas 7 anos, morreu após ser picado por um escorpião em uma área rural na cidade de Mariana, na região central de Minas Gerais, onde passava o feriado com a família. Fã de futebol e aluno da escolinha do Atlético no bairro Santa Lúcia, o menino chegou a ser transferido de helicóptero para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, mas não resistiu.
O acidente aconteceu nessa terça-feira (22). De acordo com o Corpo de Bombeiros, a aeronave Arcanjo pousou na UPA de Mariana para buscar a criança, que já havia sido atendida na unidade e no Hospital São Camilo. Durante o voo, Arthur teve uma queda de saturação e, poucos minutos antes do pouso, sofreu uma parada cardiorrespiratória. As equipes médicas da aeronave e do hospital conseguiram reverter o quadro, mas o garoto faleceu posteriormente.
Abalada, a mãe, Jeniffer Gomes, elogiou o atendimento médico recebido em Mariana e enalteceu o pequeno Arthur. “Meu filho era muito animado, fã do Galo, era o meu jogador. Não tenho nada a reclamar. Era um ótimo aluno, ótimo filho.”
A Prefeitura de Betim reforçou que o Hospital Público Regional de Betim (HPRB) está apto a atender emergências envolvendo animais peçonhentos, como escorpiões, cobras e aranhas. A unidade possui estoque de soros específicos para diferentes tipos de envenenamento e funciona 24 horas por dia.
A diretora-geral do hospital, Patrícia Evangelista, alertou sobre a importância de buscar ajuda médica imediata. “É fundamental procurar o atendimento médico o mais rápido possível e informar as características do animal. O hospital tem equipe treinada para assistência desses casos, e é importante que a população de Betim e região saiba disso”, afirmou.
Em caso de acidente, a recomendação é não realizar procedimentos caseiros e procurar imediatamente o serviço de saúde, levando informações ou o próprio animal, se possível.
Atualmente, o HPRB conta soros antipeçonhentos, entre eles:
1 - Antiaracnídico – para picadas de aranhas e escorpiões;
2 - Antibotrópico – usado contra venenos de jararaca, urutu e surucucu;
3 - Anticrotálico – indicado para acidentes com cascavéis;
4 - Antiescorpiônico – específico para escorpiões do gênero Tityus, como o escorpião-amarelo.
Em 2024, foram registrados 15 atendimentos com uso de soro no hospital. Até 15 de abril deste ano, não havia registro de casos em 2025.
A prefeitura reforça que o HPRB está preparado para esses tipos de emergência e orienta os moradores a manter atenção especial, principalmente em áreas rurais e períodos mais quentes, quando a incidência desses animais costuma aumentar.
Fonte: Site do Jornal O Tempo