Geisa Stefanini e o filho Lucas Gabriel viviam em um quarto e cozinha que era pago pela Prefeitura de Osasco, através de um programa de bolsa aluguel, destinado às famílias em situação de vulnerabilidade social.
Ela estava desempregada e sustentava a criança com cerca de R$ 375 que recebia do Programa Bolsa Família, do governo federal, além de bicos como vendedora de perfume, de acordo com os relatos da vizinhança da casa onde o episódio aconteceu.
De acordo com os bombeiros que atenderam a família, não houve explosão nem princípio de incêndio na casa. O fogo produzido pelo etanol causou queimaduras de segundo grau nas duas vítimas.
No local, os agentes encontram dois tijolos e uma grelha em cima do fogão, que segundo eles indicam que ela estava tentando cozinhar usando outros produtos de combustão.
Alta no preço do gás de cozinha
Desde o início do ano, o preço médio do botijão de gás aos consumidores subiu quase 30%, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), passando de R$ 75,29 no final de 2020 a R$ 96,89 na semana passada. A alta é mais de 5 vezes a inflação acumulada no período, de 5,67%.
Segundo André Braz, economista da FGV, o gás de botijão compromete 1,3% do orçamento familiar, em média.
Mas esse peso é maior para as famílias de renda mais baixa. Em alguns locais, os consumidores chegam a pagar R$ 135 pelos 13 kg – mais de 10% de um salário mínimo.
Fonte: G-1