Ele se referia à derrota nas prévias do seu partido para João Dória, governador de São Paulo, em novembro do ano passado. Leite obteve 44,66% dos votos dos correligionários, mas ficou atrás de Dória, que conseguiu 53,99% dos votos.
Leite é apontado como possível candidato pelo PSD à Presidência, caso Rodrigo Pacheco desista de concorrer.
O governador gaúcho chegou a brincar, antes de iniciar a apresentação de uma prestação de contas ao empresariado presente, que não sabia até quando ficaria à frente do Palácio Piratini.
"Não sei se até o final do ano ou até logo mais, em março, ô Ranolfo", disse, dirigindo-se ao vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior, sugerindo que poderia passar o cargo antes do fim do mandato para concorrer a outro cargo público.
Desta vez, sem citar siglas partidárias, ele admitiu que conversa "sobre criar uma alternativa" com outros integrantes do campo político. Ao mesmo tempo, negou filiação a outros partidos.
Nos últimos meses, ele se aproximou do presidente do PSD, Gilberto Kassab, com quem se reuniu na segunda-feira (14), e até se encontrou com o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) em dezembro de 2021.
"Eu gosto da vida pública, me sinto vocacionado, me sinto realizado quando a gente faz um trabalho como o que a gente fez aqui no Rio Grande do Sul. Mais do que fizemos é como fizemos. Vocês nunca viram o governador xingar, bater em alguém, falar mal de adversário. Foi com diálogo, foi com respeito que a gente construiu isto", disse, arrancando aplausos do público em Caxias do Sul.
Eduardo Leite esteve em Caxias do Sul no dia da inauguração da Festa da Uva. O vice-presidente Hamilton Mourão também prestigiou o evento.
Fonte: G-1