Hospitais filantrópicos alertam para risco de colapso na saúde devido a déficit nos repasses do SUS
23/05/2022 14:03 em DIVERSOS

 

Protesto realizado nesta segunda-feira (23), em Belo Horizonte, alerta para o risco de colapso em hospitais filantrópicos. Funcionários do Hospital da Baleia, na região Leste, se uniram para apoiar o manifesto nacional promovido pela Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB).

O grupo chama a atenção dos custos dos procedimentos hospitalares e a remuneração paga pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que é considerada deficitária. Durante o ato, denominado "Não Suportarão", os participantes soltaram balões verdes e pretos e ergueram cruzes que representam o colapso.

“O Hospital da Baleia apoia a equiparação salarial da enfermagem proposta no PL 2564/20, mas alerta para a necessidade urgente quanto à liberação de recursos adicionais para que as Santas Casas e hospitais filantrópicos consigam cobrir os custos que serão gerados com uma eventual aprovação do mesmo”, informou a instituição. 

Atualmente, a unidade de saúde atende a 88% dos municípios mineiros, sendo 95% pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

De acordo com a diretora-presidente do hospital, Tereza Guimarães Paes, o repasse feito pelo SUS está 30% abaixo do custo real dos procedimentos, o que faz com que a arrecadação e mobilização de recursos sejam essenciais para “minimizar as diferenças entre os custos da operação/manutenção do Hospital e a remuneração paga pelo sistema, que vem de uma tabela deficitária há mais de 20 anos” afirmou, considerando, ainda, que o Baleia tem registrado queda nas doações. 

O hospital

O Hospital da Baleia é referência em Minas no atendimento oncológico adulto e pediátrico. Além disso, há outros centros de referência, como nefrologia (Hemodiálise, Diálise Peritoneal e Transplante Renal), ortopedia, pediatria, com destaque para o tratamento e reabilitação de fissuras labiopalatais e deformidades craniofaciais (Centrare), e mais outras 30 especialidades médicas.

O Ministério da Saúde foi procurado, mas ainda não se pronunciou. Essa reportagem será atualizada após o retorno.

Fonte: Jornal Hoje em Dia

 

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