Começa produção da 'maior paçoca do mundo', com 700 Kg de carne seca e 400 kg de farinha
DIVERSOS
Publicado em 18/06/2022

 

A produção da "maior paçoca do mundo", feita à base de carne seca e farinha amarela, já começou e deve durar três dias, em Boa Vista. A iguaria, diferente da paçoca doce, feita de amendoim, vai ser servida gratuitamente para a população no próximo sábado (18), durante a última noite do arraial Boa Vista Junina 2022.

Os números dos ingredientes do prato típico da cultura indígena são enormes, equivalentes ao nome de "maior do mundo": 700 kg de carne seca400 Kg de farinha amarela, e cerca de 40 litros de óleo e 80kg de cebola. A prefeitura quer bater o recorde de 2019, ultrapassando os 1.050 Kg daquele ano.

Este ano, a preparação é feita pela empresa "Tia Nega", contratada pela prefeitura por R$ 60 mil para produção do prato. O empreendimento participou da primeira edição da paçoca gigante, em 2015, quando meia tonelada foi servida ao público do arraial.

O preparo se iniciou na quarta-feira (14) e deve se encerrar nesta sexta (17). Até chegar ao sabor já conhecido pelos roraimeneses e que desperta curiosidade de quem não é do Norte, a carne usada é desossada e levada ao sol, para o processo de secagem. Com ela seca, a carne é frita e, depois, triturada com a farinha em uma máquina.

 

Ao todo, 12 profissionais atuam na produção da enorme quantidade paçoca de carne em 2022. À frente da equipe está o chefe de cozinha Daniel Mangabeira, da empresa "Tia Nega". A família dele trabalha com a produção de paçoca há mais de 30 anos em Roraima.

Embora fazer paçoca já faça parte do dia a dia, Mangabeira afirma que produzir a "maior do mundo" é um desafio "sem tamanho."

"A gente já trabalha com a paçoca, mas, mesmo assim, é um desafio enorme, porque apesar de fazer parte do nosso dia a dia, agora é um desafio maior por conta da quantidade, que é grande, mais de uma tonelada de paçoca. É um desafio grande, tanto pra mim que sou coordenador da produção da paçoca, quanto para os funcionários, que a gente teve que modificar o horário deles. Eles começaram a produzir desde as 2 horas da manhã uma quantidade de quase 400 quilos por dia. Mas, a satisfação que a gente tem no final é o mais importante, a gente fez acontecer a maior paçoca do mundo".

 

A farinha utilizada na paçoca foi trazida da região do Projeto de Assentamento Nova Amazônia, na zona Rural da cidade. Após a fritura da carne, o óleo utilizado deve ser doado à Fazenda da Esperança, instituição que ajuda na recuperação de pessoas dependentes de álcool e drogas.

No dia da entrega, haverá a tradicional pesagem. Após esse momento, a paçoca será colocada em embalagens individuais para ser entregue a população. A ideia é garantir a segurança e higiene, evitando o manuseio constante de quem vai servir. O cuidado ocorre em razão da pandemia.

 

'Maior paçoca do mundo'

 

 

A história da "maior paçoca do mundo" começou em 2015, quando a prefeitura decidiu servir gratuitamente ao público do arraial porções do prato típico. Naquele ano, foram distribuídos 500 Kg a 20 mil pessoas.

Depois, nos anos seguintes, os recordes foram batidos. A última vez que a paçoca foi servida foi em 2019, onde a quantidade chegou a 1.050 Kg. Nos anos de 2020 e 2021 não teve o arraial por conta da pandemia. Este ano, a festa voltou a ser realizada e, agora, a expectativa é bater um novo recorde.

À época, em 2015, a ideia era levar a iguaria ao Guinness Book, o livro dos recordes, o que ainda não ocorreu sete anos depois, por "questões burocráticas".

A Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura (Fetec) explicou que "após 2 anos sem a edição presencial do Boa Vista Junina, este projeto [de levar a paçoca ao Guiness] seguiu com uma estratégia local que continuará crescendo a cada ano, dentro das condições permitidas e viáveis dentro do setor público". A ideia é em 2023 inseri-la no livro dos recordes.

 

 

Fonte: G-1

 

Comentários
Comentário enviado com sucesso!