Segundo o blog apurou, a cúpula da PF não gostou e reclamou em um ofício enviado à equipe de segurança de Lula que o chefe da segurança do petista sequer teria respondido por WhatsApp.
Passos, então, respondeu também por ofício enviado no fim da manhã de terça-feira (23). Segundo relatos obtidos pelo blog, Andrei Passos disse que indicou um representante para retirar os coletes, e que a informação sobre dia, hora e local para a retirada chegou apenas informalmente, por mensagem de WhatApp.
Horas depois, Ferreira respondeu alegando que todos os chefes de equipes de segurança de presidenciáveis – com a exceção da de Lula – vinham indicando por WhatsApp os policiais responsáveis por pegar os coletes e que a demanda "poderia ter sido facilmente resolvida com um gesto de gentileza mediante uma simples aposição de um "ciente" ou de um "" no grupo de WhatsApp".
Cobrada pela direção da PF, a equipe de segurança de Lula respondeu que em nenhum momento foi instada pelos canais institucionais da Polícia Federal a indicar representante, mas informalmente comunicada por mensagem de WhatsApp. E que, mesmo diante do que chama de falha de comunicação, indicou, sim, representante que esteve lá na hora para fazer a retirada.
Ferreira também se queixou de uma reportagem do jornal "O Globo" que apontou que as equipes da PF estavam trabalhando sem ter acesso a coletes à prova de bala, e recomendou que a discussão com o chefe da segurança de Lula fosse envaido ao gabinete do diretor-geral da PF por conta da "exposição institucional negativa na mídia".
Nos bastidores, há a avaliação entre integrantes da PF que a cúpula da corporação – hoje indicada pelo presidente Bolsonaro – está incomodada com o protagonismo e autonomia do delegado Andrei Passos. Num eventual governo Lula, ele é um dos cotados para assumir a direção-geral da PF.
A escalada da violência política aumentou a preocupação da campanha de Lula com a segurança do candidato do PT. Num ofício – revelado no início do mês pela "Folha de S.Paulo" e confirmado pelo blog –, essa equipe pediu apoio a superintendências da PF nos estados, alegando a existência de "opositores radicalizados" e o acesso ampliado a armas de fogo decorrentes das mudanças na legislação feitas por Bolsonaro desde 2019.
Fonte: G-1