Após fechar o primeiro semestre com o melhor resultado da história, a arrecadação de impostos e contribuições federais no Brasil somou R$ 202,6 bilhões em julho. Trata-se do melhor resultado para o mês desde 1995, ano que marca o início da série histórica, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (26) pela Receita Federal.
Conforme os dados, o valor arrecadado em junho representa uma alta real (acima da inflação) de 7,47%, enquanto no período acumulado de janeiro a julho de 2022 o volume saltou 10,44% acima do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e superou R$ 1,292 trilhão.
Quanto às receitas administradas pela Receita Federal, o valor arrecadado em julho de 2022 foi de R$ 181,267 bilhões, uma alta real de 5,21%, enquanto no período acumulado de janeiro a julho de 2022 a arrecadação alcançou R$ 1,2 trilhão com alta real de 8,4%.
De acordo com o Fisco, o acréscimo da arrecadação observado no período pode ser explicado, principalmente, pelo crescimento dos recolhimentos de IRPJ (Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Sem considerar os fatores não recorrentes, haveria um crescimento real de 9,1% na arrecadação do período acumulado e de 7,65% no mês de julho de 2022.
Contribuições
Em julho, o IRPJ e a CSSL totalizaram uma arrecadação de R$ 53,2 bilhões, com crescimento real de 17,48%. Esse resultado explica-se pelos acréscimos reais de 10,86% na arrecadação da estimativa mensal, de 52,14% na arrecadação do balanço trimestral e de 15,63% na arrecadação do lucro presumido.
O IRRF – Rendimentos de Capital teve arrecadação de R$ 6,376 bilhões, com alta real de 52,54%. Esse resultado pode ser explicado pelos acréscimos nominais de 153,36% na arrecadação do item Aplicação de Renda Fixa (PF e PJ) e de 86,33% na arrecadação do item Fundos de Renda Fixa.
A Receita Previdenciária, por sua vez, teve arrecadação de R$ 44,444 bilhões, com alta 3,65% acima da inflação, resultado que pode ser explicado pelo aumento real de 10,59% da massa salarial e pelo início do pagamento, em julho de 2021, do Simples Nacional de abril a junho de 2021 que havia sido diferido, de acordo com a resolução CGSN nº 158/21.
Já o IRRF sobre os rendimentos do trabalho somou R$ 13,229 bilhões, representando crescimento real de 5,66%. Esse resultado se deve aos seguintes fatores: o acréscimo real de 8,65% na arrecadação do item Rendimentos do Trabalho Assalariado; conjugado com os decréscimos de 9,45% no item Aposentadoria do Regime Geral ou do Servidor Público e de 62,65% no item Participação nos Lucros ou Resultados – PLR.
Fonte: R7