A taxa de desemprego no Brasil manteve a trajetória dos últimos meses e recuou a 9,1% no trimestre encerrado no mês de julho. O percentual é o menor apurado desde dezembro de 2015, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com o recuo de 1,4 ponto percentual da taxa de desocupação, a quantidade de profissionais ainda estão fora da força de trabalho equivale a 9,9 milhões de pessoas, menor nível desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016, recuando 12,9% (menos 1,5 milhão de pessoas) no trimestre e 31,4% (menos 4,5 milhões) no ano.
No período compreendido entre os meses de maio e julho, o contingente de pessoas ocupadas foi de 98,7 milhões, um recorde na série histórica, iniciada em 2012, segundo os números apresentados pela PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
Durante o intervalo, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar foi de 57%, queda de 1,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, encerrado em abril. Já com relação ao mesmo trimestre de 2021, a redução é ainda maior: 4,1 pontos percentuais.
"É possível observar a manutenção da tendência de crescimento da ocupação e uma queda importante na taxa de desocupação”, explica Adriana Beringuy, coordenadora responsável pelo estudo.
Atividades
De acordo com o IBGE, duas atividades influenciaram a queda do desemprego no trimestre encerrado em julho. Somente no ramo de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas houve acréscimo de 692 mil pessoas no mercado de trabalho (+3,7%) em comparação com o trimestre anterior.
A outra melhora do mercado de trabalho partiu do segmento de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, que apresentou o incremento de 648 mil pessoas (+3,9%) entre seus profissionais.
Ao analisar os destaques, Adriana reforça que nenhum grupo de atividade econômica apresentou perda de ocupação. "Todos os setores adicionaram pessoas ao mercado de trabalho”, afirma a pesquisadora.
No que diz respeito ao confronto anual, com o trimestre encerrado em julho do ano passado, apenas o setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura não apresentou crescimento no volume da população ocupada.
Fonte: R7