Eleição toma a cena neste 7 de setembro e deixa bicentenário como coadjuvante
05/09/2022 13:59 em DIVERSOS

 

O uso político das comemorações do 7 de setembro colocou em segundo plano as celebrações do bicentenário da Independência do Brasil, comemorado em 2022. Pelo menos em Minas Gerais. Segundo a programação oficial do governo mineiro, a parada cívica não traz nenhuma programação especial para os 200 anos. No entanto, alguns candidatos usarão a data para mobilizar seus apoiadores em atos paralelos.

De acordo com a administração estadual, os desfiles acontecerão na avenida Afonso Pena, a partir das 9h, com participação das forças policiais do Estado, incluindo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG) e a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (PCMG).

O governador Romeu Zema (Novo), candidato à reeleição, e o senador Carlos Viana (PL), também concorrente ao governo de Minas, vão dividir o mesmo palanque. Ambos estarão presentes no exercício formal de seus cargos, sem o direito de fazer campanha política. Mas encerradas as apresentações militares, cada um volta às suas campanhas.

As menções ao bicentenário ficarão por conta do Exército, Aeronáutica e Marinha, que não informaram sobre atos realizados em Minas e irão concentrar as atividades no Rio de Janeiro e Brasília. Na noite de 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro irá fechar as comemorações em uma cerimônia com banda do Exército e lanceiros no Cristo Redentor. 

Bolsonaristas
Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, tem feito a convocação para que seus apoiadores participem das comemorações oficiais e organizem atos paralelos para divulgar sua campanha. Fez inclusive um chamado durante seu discurso em Belo Horizonte no dia 24 de agosto. “Contra as pessoas que querem pintar o Brasil de vermelho”, convocou Bolsonaro, que foi atendido pela plateia aos gritos de “nossa bandeira jamais será vermelha”.

O chamado foi acatado e, após os desfiles, uma carreata organizada por diversos grupos “de direita”, conforme identificados pelos organizadores, sairá da avenida Afonso Pena, passando por ruas do centro de Belo Horizonte até chegar à Praça da Liberdade, onde haverá um discurso com a sucessão de políticos bolsonaristas, incluindo Carlos Viana e candidatos a deputado em Minas.

Movimentos de esquerda
A campanha do candidato Alexandre Kalil (PSD), que vem para a eleição apoiado pelo ex-presidente Lula (PT), não indicou a participação em nenhum ato para o 7 de setembro. Mas movimentos populares devem organizar o tradicional “Grito dos Excluídos”, que neste ano vai contar com a presença da candidata Vanessa Portugal (PSTU).

Neste ano, a Marcha e o Grito dos Excluídos, realizado há 28 anos, vem com o tema “Vida em primeiro lugar” e questiona “Independência para quem?”. O ato tenta destacar a condição de exclusão econômica em que vive a maioria da população brasileira.

Fonte: Hoje em Dia

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