O inquérito elaborado pelo 15º Distrito Policial havia sido encaminhado ao Ministério Público e à Justiça, mas o empresário não foi indiciado. Foram ouvidos o suspeito, a vítima agredida, testemunhas e professores da academia.
A polícia solicitou que a academia apresente o vídeo do caso e encaminhou a solicitação de medidas protetivas para a vítima, com a proibição do investigado se aproximar dela e de parentes. O pedido também será analisado pelo juiz.
Anteriormente, a defesa de Thiago Brennand havia dito que ele já prestou depoimento no inquérito, "apresentando todos os esclarecimentos para a plena compreensão dos fatos sob investigação".
"Diante disso, a nova equipe de defesa de Brennand considera absolutamente desnecessário o pedido de medida protetiva protocolado no início do caso. O trabalho da defesa se dará dentro das balizas do bom direito, da civilidade e do respeito à intimidade, integridade e dignidade de todas as partes e testemunhas", diz o texto assinado por Cavalcanti Sion Advogados.
Segundo os relatos, as agressões ocorreram no dia 3 de agosto, numa academia no Itaim Bibi, em São Paulo.
À polícia, a vítima contou que é frequentadora da academia e que desde que entrou foi orientada por outras mulheres a se manter afastada do investigado. Na ocasião em que treinavam no mesmo horário, Thiago teria pegado o número de uma das mulheres e a convidado para sair. Com a recusa, ele teria passado a enviar mensagens ofensivas.
No dia da agressão investigada, o empresário foi em direção a ela e mandou que saísse da frente dele, o que foi recusado. Em seguida, Thiago teria a agarrado pelos braços e uma confusão começou.
Outra vítima relatou à polícia que frequenta a academia, no dia das agressões estava treinando e ouviu a outra mulher falando que “não sairia” com um homem, se referindo a Thiago.
Na sequência, a testemunha contou que saiu do aparelho e foi em direção à vítima. Ela afirma que presenciou o suspeito quando o suspeito a agarrou pelos cabelos e cuspir por três vezes no rosto dela. Um jovem, apontado como filho de Thiago, chamou uma das mulheres de “puta e vagabunda”.
Uma segunda testemunha afirmou ter ouvido o investigado chamar a vítima de "fraca" e "pobre". Um dos professores de musculação disse que não viu a confusão, mas encontrou um tufo de cabelo no chão.
Fonte: G-1