No relato da mulher aos investigadores, ela esclarece que mais tarde, por volta das 23h, o médico voltou ao local para pedir desculpas. Nesse momento, testemunhas que estavam do outro lado da avenida e acompanhavam a situação começaram a agredir o suspeito, que subiu em um veículo e voltou a ficar pelado.
O médico conseguiu entrar no carro dele, um Tracker, que estava no posto de gasolina, e tentou atropelar um dos frentistas do estabelecimento. Segundo o funcionário disse à polícia, o médico ameaçou passar com o carro por cima dele.
Testemunhas relataram à Polícia Civil que o médico jogou o veículo na frente de outras pessoas e fez manobras arriscadas, incluindo um "cavalo de pau". Uma motocicleta foi atingida. Imagens mostram que o homem invade a contramão e quase colide contra um motoqueiro que trafegava na via.
A Polícia Militar foi novamente acionada por volta da meia-noite, já na quinta-feira (8). O homem então foi conduzido à delegacia.
O médico disse, em interrogatório à polícia, que havia consumido cocaína e bebidas alcoólicas antes do ocorrido. Declarou, segundo a Polícia Civil, que ficou pelado no posto de gasolina "porque queria ser visto".
Ele informou que não lembra quem são as pessoas que o agrediram, mas conta que recebeu uma paulada na cabeça.
Ele confirmou à polícia que voltou a ficar pelado e que subiu no veículo após ser agredido. Após tirar a roupa, ele disse que entrou no carro, assumiu a direção do automóvel, mas alegou que não se lembra do que aconteceu depois.
No tocante aos fatos imputados ao dr. Fernando Roberto Ferreira Manna Moraes, a defesa ressalta que o médico enfrenta problemas de saúde que, aliados ao uso de álcool, desencadearam ações pelas quais não tinha capacidade de responder no momento. O alegado será suficientemente provado a tempo e modo.
Por ora, a defesa já comprovou a inexistência de intento homicida, o que foi inclusive endossado pelo Juízo ao conceder a liberdade provisória ao Fernando.
Aguardamos o deslinde do procedimento e a eventual oferta de denúncia pelo representante do Ministério Público para, conhecedores da delimitação da acusação que será feita, podermos nos manifestar com maior propriedade sobre todos os fatos.
Fonte: G-1