Profissionais da enfermagem anunciam paralisação nesta quarta para reivindicar piso salarial
DIVERSOS
Publicado em 21/09/2022

 

Profissionais da enfermagem devem realizar uma paralisação nacional nesta quarta-feira (21) com previsão de duração de 24 horas. A data foi aprovada em 12 de setembro, durante reunião do Fórum Nacional da Enfermagem (FNE).

O objetivo é protestar contra a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu, por meio de liminar, a lei que estabelece o piso salarial da categoria. O salário para enfermeiros passou de R$ 2.375 para R$ 4.750, conforme a nova legislação.

"Os profissionais que não conseguirem fazer a paralisação durante todo o dia, que realizem, ao menos, em períodos do dia. É importante ressaltar que os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos, de modo a não causar qualquer tipo de falta de assistência aos pacientes", informou o FNE por meio de nota.

Segundo Joaquim Valdomiro Gomes, vice-presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Serviços de Saúde em BH (Sindess), profisisonais de alguns hospitais do Estado já teriam confirmado a redução da escala.

"Os profissionais de Belo Horizonte, Caeté, Sabará e Vespasino vão trabalhar em regime de 50% da escala de trabalho em setores críticos, como Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e hemodiálise. E de 30% nos demais setores, em acordo com a Lei de Greve do setor da saúde", disse Joaquim.

Além da greve, o Sindess também vai realizar uma concentração na Praça Sete, região Central da capiral, a partir das 8h. Em seguida, os manifestantes devem se dirigir à Praça da Estação, onde se reunirão com outros sindicatos.

"É importante destacar que somos solidários às famílias que precisam de atendimento à saúde. Porém, este movimento é necessário para chamar a atenção para a desvalorização da nossa categoria", declarou o vice-presidente do Sindess.

Segundo presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Minas Gerais (SEE-MG), Anderson Rodrigues, a categoria vai "tomar as ruas da região Central para defender a implementação do piso e dialogar com a sociedade".

"Talvez sejamos a categoria que mais trabalhou na pandemia e que mais perdeu vidas por estarmos na linha de frente da Covid-19. Ter o mínimo de dignidade salarial é nosso direito. Não queremos mais esmolas, não admitimos mais essa situação de desvalorização", afirmou Anderson.

Fonte: Hoje em Dia

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