Allan Turnowski, ex-chefe da Polícia Civil do RJ, deixa a cadeia
DIVERSOS
Publicado em 30/09/2022

 

Ex-secretário de Polícia Civil do RJ, Allan Turnowski deixou a cadeia nesta sexta-feira (30). Ele havia sido preso por suspeita de organização criminosa e envolvimento com o jogo do bicho no início do mês. Nesta quinta (29), o ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, revogou a prisão, mediante medidas cautelares — como não acessar repartições da polícia.

Turnowski deixou o cargo na polícia em março deste ano para se candidatar a uma vaga de deputado federal pelo PL.

 

Defesa reafirmou inocência

 

 

Ao saber da revogação da prisão, a defesa do ex-secretário de Polícia Civil comemorou a decisão e refirmou a inocência de seu cliente.

 

"A defesa reafirma que seu cliente não cometeu qualquer ilicitude, independentemente da esfera de apuração. Ademais, jamais teve qualquer envolvimento com pessoas ligadas ao jogo do bicho e/ou ao crime organizado e, repita-se, sempre, ostensivamente, direta e ou indiretamente, sempre comandou sua repreensão e combate", disse o advogado Daniel Bialski.

 

 

Prisão no início de setembro

 

 

Segundo as investigações do Ministério Público, Allan Turnowski recebia propina do jogo do bicho e estaria envolvido em um plano para assassinar o bicheiro Rogério Andrade.

A defesa do ex-secretário disse que a prisão é um "movimento de perseguição política". Informou ainda que entrou com um habeas corpus pedindo "a liberdade imediata em virtude do desconhecimento do processo”.

O ex-secretário foi preso no dia 9 de setembro em continuidade às investigações sobre o delegado Maurício Demétrio, que está preso desde o ano passado, acusado de corrupção dentro da Polícia Civil. Demétrio é investigado por suspeita de forjar operações para incriminar adversários e também teria participação na morte do contraventor.

 

Allan é candidato pelo Partido Liberal (PL) e recebe apoio do governador Claudio Castro na sua candidatura a deputado federal.

 

Turnowski foi chefe da Polícia Civil entre 2010 e 2011, durante o governo de Sérgio Cabral (MDB) e deixou a pasta durante uma investigação da Polícia Federal sobre um suposto vazamento de uma operação. O caso foi arquivado por falta de provas. O delegado sempre negou qualquer irregularidade.

 

Depois, em 2020, ele voltou ao posto – que passou a ser uma secretaria do governo do estado – onde ficou até o início deste ano, quando saiu para se candidatar. Sob sua gestão, a pasta inaugurou uma força-tarefa de combate às milícias, que até março de 2022 tinha contabilizados mais de 1,2 mil presos.

Turnowski também anunciou reformas em 25 delegacias e criou um prédio para o setor de Inteligência da Polícia Civil, no Centro do Rio.

Durante sua gestão, no entanto, Turnowski foi criticado pelas 28 mortes em uma operação no Jacarezinho, em maio de 2021. O secretário sempre defendeu a ação da Polícia Civil.

Mesmo com uma decisão do STF restringindo operações no Rio durante a pandemia, o número de ações da polícia aumentou entre 2020 e 2021.

 

 

Fonte: G-1

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