Ao saber da revogação da prisão, a defesa do ex-secretário de Polícia Civil comemorou a decisão e refirmou a inocência de seu cliente.
Segundo as investigações do Ministério Público, Allan Turnowski recebia propina do jogo do bicho e estaria envolvido em um plano para assassinar o bicheiro Rogério Andrade.
A defesa do ex-secretário disse que a prisão é um "movimento de perseguição política". Informou ainda que entrou com um habeas corpus pedindo "a liberdade imediata em virtude do desconhecimento do processo”.
O ex-secretário foi preso no dia 9 de setembro em continuidade às investigações sobre o delegado Maurício Demétrio, que está preso desde o ano passado, acusado de corrupção dentro da Polícia Civil. Demétrio é investigado por suspeita de forjar operações para incriminar adversários e também teria participação na morte do contraventor.
Allan é candidato pelo Partido Liberal (PL) e recebe apoio do governador Claudio Castro na sua candidatura a deputado federal.
Turnowski foi chefe da Polícia Civil entre 2010 e 2011, durante o governo de Sérgio Cabral (MDB) e deixou a pasta durante uma investigação da Polícia Federal sobre um suposto vazamento de uma operação. O caso foi arquivado por falta de provas. O delegado sempre negou qualquer irregularidade.
Depois, em 2020, ele voltou ao posto – que passou a ser uma secretaria do governo do estado – onde ficou até o início deste ano, quando saiu para se candidatar. Sob sua gestão, a pasta inaugurou uma força-tarefa de combate às milícias, que até março de 2022 tinha contabilizados mais de 1,2 mil presos.
Turnowski também anunciou reformas em 25 delegacias e criou um prédio para o setor de Inteligência da Polícia Civil, no Centro do Rio.
Durante sua gestão, no entanto, Turnowski foi criticado pelas 28 mortes em uma operação no Jacarezinho, em maio de 2021. O secretário sempre defendeu a ação da Polícia Civil.
Mesmo com uma decisão do STF restringindo operações no Rio durante a pandemia, o número de ações da polícia aumentou entre 2020 e 2021.
Fonte: G-1