Bolsonaro diz aceitar derrota no segundo turno 'se nada for encontrado' nas urnas
DIVERSOS
Publicado em 22/10/2022

 

No terceiro bloco da Sabatina do SBT nesta sexta-feira (21), o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) voltou a dizer que, em caso de derrota no segundo turno, aceitará o resultado das eleições se não houver fraude nas urnas.

"O pessoal (da Comissão de Transparência das Eleições) vai trabalhar no segundo turno. Se nada for encontrado, não tem porque duvidar dos resultados das urnas", disse.

Assim que terminou a fala, Bolsonaro foi questionado novamente para que fosse mais claro na resposta se aceitaria ou não o resultado das urnas. Mas ele voltou a condicionar a aceitação a uma possível prova de que os equipamentos não falham. "Se nada for encontrado, não tem porque não aceitar".

O presidente e o Ministério da Defesa estão sendo pressionados para divulgarem o resultado da auditoria feita pela pasta no resultado do primeiro turno. Apesar de ter afirmado, ainda no dia do pleito, que um relatório seria divulgado, Bolsonaro negou a existência do documento, nesta semana.

Fake news
Os jornalistas da sabatina também abordaram as fake news. Ao comentar as medidas tomadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater as notícias falsas, que vem apontando irregularidades na campanha do candidato, Bolsonaro se defendeu.

"Eu queria saber, por minha parte, quais são as veiculações de fake news? (...) Para mim criar fake news, eu estaria dizendo que o Lula é honesto", provocou.

O candidato também criticou uma possível criação de lei contra a divulgação de notícias falsas. "Da minha parte zero criação de lei nesse sentido. Quem seria o sensor do que é fake news, meu Deus do céu?", completou

Educação sem dinheiro
Os jornalistas também interrogaram o presidente sobre os cortes que o governo vem promovendo na educação. Em uma das perguntas, foi lembrado que o orçamento previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2023 prevê recurso da educação de base que daria apenas para construir cinco creches.

"Temos centenas de creches que foram começadas e não foram concluídas", afirmou o candidato, que ainda garantiu que o seu governo consegue alfabetizar uma criança em apenas seis meses, sem explicar como isso acontece.

O presidente garantiu que, caso seja reeleito, vai dar uma atenção na educação de base. "Não é criar militantes em universidades", o que ele diz acontecer no governo do PT.

Mais ministérios
Jair Bolsonaro foi lembrado que descumpriu uma promessa de governo realizada na campanha de 2018: ter apenas 15 ministérios. Hoje, são 23. E o candidato promete ainda a criação de outros três.

"Alguns cargos, cedemos sim, não vou negar para você", confessou ao lembrra que teria cedido algumas das pastas para ganhar apoio parlamentar. Bolsonaro alegou, porém, que o motivo foi  não ter boas indicações para ocupar alguns cargos, sem citar quais.

Sérgio Moro
O presidente negou que a reaproximação com o senador eleito Sérgio Moro significaria um retorno do ex-juiz ao governo. Moro foi o ministro da Justiça de Bolsonaro, mas saiu acusando o mandatário de interferência na pasta para proteger os filhos das investigações.

Porém, no segundo turno da eleição presidencial, Sérgio Moro voltou a declarar apoio a Jair Bolsonaro e, inclusive, esteve presente ao lado do candidato à reeleição no debate da Band.

"Nós resolvemos nos aproximar (...) para o bem do brasil, qualquer equívoco ou rusga do passado vamos deixar de lado", disse o ex-juiz.

A sabatina desta sexta-feira (21) seria um debate entre Jair Bolsonaro e Lula. Mas o candidato do PT decidiu não participar.

O ex-presidente, inclusive, está em Minas Gerais, onde realizou ato de campanha em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Neste sábado (22), Lula estará em Belo Horizonte.

Fonte: Hoje em Dia

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