O vice-presidente eleito e coordenador da equipe de transição do governo Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSD), saiu da reunião com o relator-geral do Orçamento para 2023, o senador Marcelo Castro (MDB), defendendo a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garanta a continuação do Auxílio Brasil no valor de R$ 600 já a partir de janeiro.
O objetivo da proposta - chamada de Transição - é retirar o benefício de dentro do teto de gastos, ou seja, dispensando excepcionalmente a União de cumprir o teto em áreas específicas de despesas.
“A primeira preocupação é manter o Bolsa Família de R$ 600. Para pagar em janeiro, há necessidade de, até 15 de dezembro, termos a autorização da PEC da Transição e da lei orçamentária”, disse o vice-presidente eleito em coletiva de imprensa no Senado Federal, após a reunião.
Confirmando os boatos que corriam pelos bastidores de que o governo Lula (PT) pretendia voltar a chamar o benefício de Bolsa Família, Alckmin se referiu ao auxílio com o nome da era petista.
Para o relator do orçamento, o projeto orçamentário atual é “seguramente o mais restritivo e o que traz mais ‘furos’ da nossa história”. O senador Marcelo Castro ainda ressaltou que o pagamento do benefício em R$ 600 a partir de janeiro custaria R$ 52 bilhões para os cofres públicos.
Segundo a assessoria do Senado, a PEC da Transição será discutida com os presidentes do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), nos próximos dias.
*Com Agência Senado e Jornal Hoje em Dia