O coordenador-geral do governo de transição, Guilherme Afif Domingos, anunciou nesta terça-feira (22) os primeiros nomes que vão compor a equipe que vai participar da transferência de governo em São Paulo para o governador eleito, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A lista é composta por nomes como da deputada estadual Valéria Bolsonaro (PL) - neta do irmão do avô do presidente Jair Bolsonaro (PL) - o também deputado estadual Frederico D'Avilla - parlamentar que usou a tribuna da Alesp para xingar o papa Francisco em 2021 - além de nomes como Filipe Sabará, ex-secretário de João Doria na Prefeitura de SP, a ex-atleta Maurren Maggi e do médico infectologista Esper Kallas.
Chama atenção também presença de nomes de políticos conservadores evangélicos, como os vereadores de SP Gilberto Nascimento Júnior (PSC) e Sonaira Fernandes (Republicanos), além do deputado federal Cezinha de Madureira (PSD), da Assembleia de Deus Ministério Madureira.
Nomes conhecidos da área da Segurança Pública, como o ex-secretário de SP, Antônio Ferreira Pinto, e do deputado federal Guilherme Muraro Derrite (PL), cotado para assumir a pasta em 2023, também estão no grupo.
Vinicius Poit, que foi candidato ao governo de SP pelo Partido Novo em outubro e, ao ficar fora do 2º turno, anunciou apoio à candidatura de Tarcísio, também foi anunciado na equipe, no eixo que vai cuidar da Gestão, Desenvolvimento Econômico.
O nome da esposa do governador eleito, Cristiane Freitas, também aparece na lista no grupo que vai cuidar da transição na área de Desenvolvimento Social, Mulheres e Direitos PCD.
“Estamos divulgando a lista dos nomes que basicamente participaram conosco do plano de governo [do candidato Tarcísio]. Agora eles estão separados em grupo e temas. A partir dos nomes e temas divulgados, vamos ter reuniões com o grupo da transição do governo de SP, para que possamos ter a contrapartida das informações”, disse Afif.
“Nós já recebemos bons relatórios, o que significa que vai facilitar a nossa vida nessa transição, que vai ser muito tranquilo”, completou.
Na coletiva, Afif confirmou que o governo eleito deve ter o mesmo número de secretarias atuais do governo paulista, 23 pastas no total, com “alguns possíveis remanejamentos de áreas”, disse ele.
Veja a lista abaixo dos 105 nomes anunciados por Tarcísio:
Coordenação de Transição
- Guilherme Afif Domingos (Coordenação Geral)
- Arthur Luis Pinho de Lima
- Lais Vita
- Priscilla Perdicaris
- Nelson Hervey Costa
Agricultura e Abastecimento
- Coronel Mello de Araújo
- Edivaldo Del Grande
- Frederico D'Avilla
- Guilherme Piai
- Guilherme Ribeiro
- João Sampaio
- Ricardo Amadeu Sassi
Desenvolvimento Social, Mulheres e Direitos PCD
- Ana Maria Velloso
- Cesinha da Madureira
- Cid Torquato
- Cristiane Freitas
- Deise Duque-Estrada
- Filipe Sabará
- Gilberto Nascimento Júnior
- Marcone Vinicius Moraes de Souza
- Maria Rosa
- Rita Passos
- Rosana Valle
- Simone Marquetto
- Sonaira Fernandes
Educação, Cultura e Esportes
- Aildo Rodrigues
- André Simmonds
- Filomena Siqueira
- Gustavo Souza Garbosa
- Jair Ribeiro
- José Roberto Walker
- Karen Cristina Garcia
- Lana Romani
- Marcelo Magalhães
- Maurren Maggi
- Patricia Borges
- Paula Trabulsi
- Paulo Zuben
- Pedro Machado Mastrobuono
- Renato Feder (futuro secretário)
- Talmo Oliveira
- Thiago Peixoto
- Valeria Bolsonaro
- Vinícius Mendonça Neiva
Gestão, Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e Finanças
Anderson Correia
Bruno D'Abadia
Felício Ramuth
Jorge Lima
Lucas Ferraz
Ricardo Britto
Rodrigo De Losso
Rui Gomes
Samuel Kinoshita
Vinicius Poit
Meio Ambiente, Habitação, Infraestrutura
Bruno Serapião
Claudio Bernardes
Lair Krahenbuhl
Marcelo Branco
Marcelo Coluccini
Marco Aurelio Costa
Marta Lisli Giannichi
Miguel Bucalen
Natália Resende Andrade Ávila
Paulo Ferreira
Rafael Benini
Ricardo Pereira Leite
Sérgio Henrique Codelo Nascimento
Saúde
Chao Lung Wen
Edmundo Baracat
Edson Rogatti
Eleuses Paiva
Esper Kallas
Fabio Jatene
Francisco Assis Cury
Francisco Ballestrin
Giovanni Guido Cerri
Gustavo Pereira Fraga
Helencar Ignacio
Helio Paiva
João Lauro Viana Camargo
José Eduardo Lutaif Dolci
José Luiz Gomes do Amaral
José Osmar Medina Pestana
Olímpio Bittar
Paulo Manoel Pego Fernandes
Sergio Okane
Tarcisio Eloy Pessoa Barros Filho
Segurança Pública e Administração Penitenciária
- Antônio Ferreira Pinto
- Artur José Dian
- Cássio Araújo de Freitas
- Guilherme Muraro Derrite
- João Henrique Martins
- Nelson Santini
- Paulo Maculevicius
- Raquel Kobashi Gallinati Lombardi
- Rodrigo Garcia Vilardi
Turismo
- Alain Baldacci
- Alessandra Abrão
- Alessandro Guiche
- Ana Biselli
- Armando Arruda Pereira de Campos Mello
- Fernando Guinatto
- Roberto de Lucena
- Sergio Souza
- Virgilio Nelson da Silva Carvalho
Definição dos nomes
Os nomes foram definidos em reunião nesta manhã pela equipe de Tarcísio, que desde às 09h30 esteve reunida no Edifício Cidade, sede da transição, no Centro de São Paulo, com o governador eleito.
Além do coordenador Afif Domingos, participaram da reunião o vice-governador eleito, Felício Ramuth (PSD), e auxiliares de Tarcísio.
Antes do anúncio desta terça (22), o governador eleito esteve em reuniões fechadas no dia anterior com nomes ligados ao bolsonarismo, como o filho do presidente e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), o atual ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e o deputado estadual Gil Diniz (PL).
O anúncio da equipe desta terça (22) aconteceu cerca de 40 dias antes da posse e troca de comando oficial no estado, que acontece em 1º de janeiro de 2023.
Na 1ª reunião de transição que teve com o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB), na última sexta-feira (17), Tarcísio havia afirmado que os nomes iniciais da transição não necessariamente significariam que são pessoas que possivelmente podem virar secretário de governo.
"Não vou anunciar secretariado agora. Vou anunciar os nomes da equipe de transição. São pessoas que vão nos ajudar. Nós vamos ter muitos nomes trabalhando, que não necessariamente serão secretários. (...) Esse anúncio de secretários será paulatino daqui até o final de dezembro", afirmou na sexta-feira (17).
Novo secretário da Educação
Apesar da cautela, Tarcísio de Freitas (Republicanos) confirmou nesta segunda-feira (21) que Renato Feder, atual secretário de educação do Paraná, será o secretário da Educação em São Paulo, a partir de 2023.
Na semana passada, Feder já havia dito que aceitou o convite para assumir a pasta a partir de 2023.
“Um nome vocês já vazaram, né? [Feder] vai ser o secretário de Educação. [Outras pastas-chave] vão sair em breve, estamos discutindo bastante. À medida que a gente for fechando os nomes, a gente vai dando conhecimento", disse Tarcísio.
Tarcísio de Freitas teve a primeira reunião da transição nesta segunda-feira (21), no Edifício Cidade, no Centro de São Paulo, onde o governador Rodrigo Garcia disponibilizou um escritório para o grupo que irá assumir o Palácio dos Bandeirantes em 1º de janeiro de 2023.
A reunião contou com as presenças dos coordenadores de transição, Guilherme Afif e Marcos Penido, e do vice-governador eleito, Felício Ramuth, além de assessores.
Na chegada, Tarcísio afirmou ainda que não vai reduzir o número de secretarias no estado. Atualmente, são 23 pastas.
Perfil de Feder
Natural de São Paulo (SP), Feder é formado em administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e mestre em economia pela Universidade de São Paulo (USP). Ele foi professor, gestor e diretor de escolas.
Feder também atuou como assessor voluntário por oito meses na Secretaria de Educação de São Paulo.
No Paraná, foi anunciado por Ratinho Junior ainda em 2018.
Feder defende um projeto de parcerias com empresas privadas para a gestão de escolas da rede pública de ensino. Para 2023, o Governo do Paraná abriu em edital para selecionar empresas para auxiliarem na gestão educacional de 27 escolas estaduais.
Foi também na gestão de Feder que ocorreu a implantação de escolas cívico-militares no Paraná.
Além disso, conforme o governo, o secretário atuou na implantação de aulas de programação, empreendedorismo e educação financeira no currículo estadual.
Fonte: G-1