Mercado reage mal à fala de Haddad e aponta falta de compromisso com controle de gastos
26/11/2022 05:00 em DIVERSOS

 

O mercado financeiro reagiu mal à fala do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, cotado para o Ministério da Fazenda do governo eleito, em evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta sexta-feira (25).

Os investidores consideram que faltaram “sinais claros de controle de gastos”, segundo fontes da área financeira ouvidas pelo blog logo depois do almoço da Febraban.

Às 16h37, o Ibovespa registrava variação negativa de 2,64%, aos 108.874 pontos. O dólar fechou em alta e voltou a superar os R$ 5,40. Clique aqui para ver mais cotações.

“O mercado está louco para se animar com Lula, mas se recusam a dar sinais claros de que vão controlar o crescimento da dívida no final do governo”, disse uma fonte com conhecimento de contas públicas.

 

Dois outros economistas citaram a percepção captada pelo mercado de que o ex-prefeito é “dogmático” na sua visão econômica e "arrogante”.

“É preciso passar a impressão de que poderá influenciar o PT e o próprio Lula da necessidade de equilibrar as contas”, afirmou outro economista presente ao evento.

É como se a bagagem econômica de Haddad atrapalhasse, já que teria mais autonomia em defender ideias próprias muitas vezes lidas como avessas ao equilíbrio das contas públicas.

No discurso, Haddad falou de reformas necessárias, como a tributária, de reorganizar o Orçamento para dar prioridade a gastos que a sociedade escolheu ao eleger Lula e reforçou a necessidade de o Executivo conversar com todos os poderes, além dos outros entes da Federação, de forma harmônica.

Até para o Congresso Haddad sinalizou, afirmando que o destino dos recursos do Orçamento precisa ser discutido amplamente com o parlamento.

Mesmo assim, agentes do mercado miraram apenas para os aspectos fiscais do discurso.

Na quinta (24), o blog mostrou que Haddad é visto como principal cotado para ocupar a Fazenda no governo Lula – e o evento na Febraban era visto como um teste com agentes financeiros.

 

Fonte: G-1

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