O acampamento bolsonarista localizado em frente ao QG do Exército em Brasília foi desmontado na manhã desta segunda-feira (9). Segundo o portal G1, 1.2 mil pessoas estavam no local e foram retiradas em mais de 40 ônibus, encaminhadas para a sede da Polícia Federal, também em Brasília, onde será feito um processo de triagem. Não foi informado se todos serão presos ou liberados.
A ação acontece após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou que todos os acampamentos golpistas fossem desmontados pelo país.
"Determino a desocupação e dissolução total, em 24 horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos quartéis generais e outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos e prisão em flagrante de seus participantes pela prática dos crimes previstos nos artigos 2ª, 3º, 5º e 6º (atos terroristas, inclusive preparatórios) da Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016 e nos artigos 288 (associação criminosa), 359-L (abolição violenta do Estado Democrático de Direito) e 359-M (golpe de Estado), 147 (ameaça), 147-A, § 1º, III (perseguição), 286 (incitação ao crime)”, disse o ministro na decisão.
A desocupação foi realizada pela Polícia Militar com o auxílio das Forças Armadas. Não houve resistência por parte dos manifestantes.
A invasão começou após a barreira formada por policiais na Esplanada dos Ministério, que estava fechada, ter sido rompida. O Congresso Nacional foi o primeiro a ser invadido, com os manifestantes ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois eles quebraram vidro do Salão Negro do Congresso e danificaram o plenário da Casa. Até o momento, a Polícia Civil do Distrito Federal informou que prendeu cerca de 300 pessoas.
No domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a publicação de um decreto que prevê a intervenção na área de segurança pública do governo do Distrito Federal (GDF). A intervenção vai até 31 de janeiro deste ano.
Fonte: Hoje em Dia