Levantamento feito pelo site Mercado Mineiro aponta uma diferença de até 80% no valor da cerveja entre estabelecimentos da Grande BH. Ou seja, pesquisar vai ser fundamental para conseguir dar uma economizada durante a Festa de Momo.
A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (13), foi feita em 69 bares entre os dias 7 e 10 de fevereiro. A variação de preços, de acordo com os responsáveis pelo estudo, se justifica em função da localização, infraestrutura e tradição do estabelecimento. No entanto, durante a folia, muita gente vai consumir diretamente dos ambulantes, cadastrados pela Prefeitura de BH para atuar nas ruas da cidade. E aí, vale a pesquisa e aquela pechinchada básica para garantir preços melhores.
Preços
A cerveja Brahma, por exemplo, de 600ml, apresentou valores de R$ 8 a R$ 14,40, o que representa uma variação de 80%. Já a Original (600ml) pôde ser encontrada com preços entre R$ 10 e R$ 17,90 (diferença de 79%). A Skol, também bem popular, custa entre R$ 7 e R$ 12 – variação de 71%.
Mas se o gosto é pelas bebidas de puro malte, o desembolso vai ter que ser maior. A garrafa de 600ml da Heineken, por exemplo, pode variar de R$ 12,90 a R$ 19,80, uma diferença de 53% entre os estabelecimentos pesquisados. Já a Stella de 600ml pode ser encontrada de R$ 11 a R$ 17 (54%) e, em long neck, de 275ml, de R$ 8 até R$ 13 – variação de 62%.
A inflação não poupou também as bebidas sem álcool. Pesquisa Mercado Mineiro mostra variação de 78% no preço do refrigerante em lata – que pode variar de R$ 4,50 a R$ 8 – e no suco natural de laranja – de R$ 4,50 a R$ 12, diferença de 166%
Essa diferença entre estabelecimentos e o próprio valor da bebida alcoólica ainda podem sofrer alterações nesta semana, com a proximidade do Carnaval, afirma Feliciano Abreu, coordenador do site Mercado Mineiro. Portanto, é bom ficar atento para não levar aquele susto na hora de se “hidratar” no meio do bloco.
“A expectativa, infelizmente, é a de que possa haver mais aumentos nesta semana e nos dias do Carnaval”, afirma o economista. Segundo ele, muitos donos de bares e restaurantes tentam segurar os preços, mas como a alta veio da indústria, é difícil não repassar ao consumidor.
E a preocupação vai além do Carnaval, admite Feliciano. Uma alta considerável nesse período pode não ter volta e prejudicar o movimento nos bares da capital. “Já está muito caro sair e, se aumentar o preço, o próprio setor pode sofrer com isso”, adverte.
E se a indústria aumenta, o impacto chega às distribuidoras e supermercados. Para reforçar o estoque de cerveja para o Carnaval, o dono de supermercado Igor Silva já teve que desembolsar mais na compra diretamente com a fornecedora. Ele conta que esse é um período em que sempre tem aumento do valor da bebida, puxado pelas férias, calor e Carnaval.
O reajuste da Kaiser, bem procurada no estabelecimento dele, na Grande BH, foi o maior: 9,8%. Ja a Heineken ficou 8,6% mais cara, seguida pela Brahma Duplo Malte, cujo latão está 7,4% mais caro. Ou seja, o preço vai chegar mais alto na ponta final: ao consumidor que está a fim de curtir a folia.
A saída, para quem não quer abrir mão de um consumo farto da “loira gelada”, é levar a própria bebida, adquirida nos supermercados ou distribuidoras. No último fim de semana, por exemplo, muita gente foi flagrada empurrando carrinho, cooler e carregando bolsas térmicas no pré-Carnaval. Uma forma de evitar a ressaca financeira depois de vários dias de muita folia.
Fonte: Hoje em Dia