Com as festividades de carnaval e o aumento de crimes eletrônicos nos últimos meses, a Polícia Civil (PC) de Juiz de Fora faz um alerta sobre os cuidados com os celulares e cartões bancários. Durante entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (13), o titular da 3ª Delegacia da PC, Rodolfo Rolli, deu dicas para que os foliões possam aproveitar o feriado e evitar dores de cabeça em caso de furtos dos aparelhos.
Delegado há 29 anos, Rolli aponta que grande parte das ocorrências de furtos e estelionatos registradas pela 3ª Delegacia, responsável pela Zona Norte de Juiz de Fora, estão relacionadas a celulares e, especialmente, redes sociais. Como as festas de carnaval contam com grande aglomeração de pessoas, o risco de ter os aparelhos furtados é ainda maior. Desta forma, o cuidado deve ser redobrado.
A orientação do delegado é que as pessoas desinstalem os aplicativos bancários dos celulares, ou ao menos diminuam a quantidade deles. “A intenção do delinquente, hoje, não é mais o furto do celular, mas é ter acesso às informações pessoais, tanto bancárias como da vida pessoal, e depois cometer extorsão, seja para divulgar uma imagem ou até mesmo cometer um furto qualificado mediante fraude, onde vai haver transferências bancárias”, exemplifica. “As pessoas que querem levar o celular, levem. Mas a atenção tem que ser altamente dobrada em cima desses telefones.”
Outro ponto que merece a atenção é em relação aos cartões que executam pagamentos por meio de aproximação. Conforme Rolli, para evitar transações indesejadas, é importante manter o cartão bem guardado, seja dentro de uma carteira ou em uma bolsa. Ainda segundo o delegado, esses tipos de ocorrências vêm crescendo não só em Juiz de Fora, mas em todo o país, por conta da facilidade proporcionada pela internet.
“Cabe à Polícia Militar reprimir esses crimes, cabe à Polícia Civil investigar, mas cabe a cada um que é detentor de uma conta bancária, de um celular que tem aplicativo, de um cartão de crédito que tenha aproximação, também zelar pelo uso devido desses equipamentos.”
Alta complexidade
Por demandar ações complexas, como autorização judicial para quebra de sigilo bancário e fiscal, a investigação de crimes eletrônicos pode ser demorada. Muitas vezes, o crime de estelionato acontece alguns dias após o celular ser furtado, por exemplo, o que pode levar a abertura de mais de um inquérito policial, ponto que reforça a necessidade de redobrar os cuidados com o celular. “Caso venha a ocorrer, acione a PM e compareça ao plantão da Polícia Civil, que vai estar com reforço durante o feriado”, diz Rolli.
Fonte: O Cataguases