Professor suspeito de ser mandante de morte de grávida está isolado em cela de presídio no Norte Fluminense
DIVERSOS
Publicado em 15/03/2023

 

Suspeito de ser o mandante da morte da engenheira Letycia Peixoto, grávida de 8 meses, assassinada a tiros, em Campos, no Norte Fluminense, no último dia 2, o professor de química Diogo Viola Nadai, de 39, está preso e isolado em uma cela de um presídio, em Itaperuna, cidade vizinha ao município onde o crime ocorreu. Segundo a polícia, o professor mantinha um relacionamento com a vítima havia oito anos, apesar e ser casado com outra mulher desde 2010.

No presídio, Diogo mantém uma mesma rotina e tem se alimentado normalmente durante refeições como café da manhã, lanche, almoço e jantar. Outros quatro suspeitos de participação no assassinato também estão presos no mesmo presídio. A exemplo de Diogo, todos estão sozinhos nas respectivas celas que ocupam. A medida visa evitar qualquer comunicação entre os suspeitos, para não prejudicar a investigação do caso, ainda em andamento na 134ªDP (Campos dos Goytacazes).

O professor foi preso na terça-feira, dia 7, após ter tido a prisão temporária decretada pela Justiça, a pedido da delegada Natália Patrão, responsável pela investigação do caso. A existência das duas relações, para a Polícia Civil, foi crucial para que Diogo decidisse assassinar Letycia. Na representação pela prisão temporária do suspeito, a delegada afirmou que com a aproximação do nascimento da filha de Letycia com o professor, “chegou um momento crucial” para que ele decidisse o que fazer".

"Ela estava grávida de oito meses. Segundo a delegada, Diogo decidiu matar uma das duas mulheres e optou por Letycia, “eliminando o seu grande problema”. Ainda de acordo com Natália, não tendo mais duas mulheres, o relacionamento com a outra estava solucionado.



Professor de Química do Instituto Federal Fluminense (IFF), Diogo de Nadai nega qualquer envolvimento no crime. No pedido de prisão, a delegada Natália Patrão diz que ele foi o mandante da execução. A decisão foi baseada em depoimentos e no fato de o suspeito ter, no dia do crime, consultado na internet como apagar o histórico do celular. A defesa de Diogo disse já ter entrado na Justiça com um pedido de revogação da prisão, já que ele é primário, tem bons antecedentes e possui residência fixa.

Segundo parentes da vítima, o relacionamento entre Letycia e Diogo era conturbado. Uma tia da engenheira contou à polícia que a sobrinha falava pouco sobre o namoro com o professor, por se sentir envergonhada com a situação de estar vivendo com um homem que ainda era casado, embora ele garantisse que estava separado da mulher. Familiares da vítima definiram o professor como "ciumento, possessivo e controlador".

A engenheira foi morta com cinco tiros na Rua Simeão Schremeth, no bairro Parque Aurora, às 20h58, do último dia. Mãe e filha chegavam em casa de carro, com a vítima ao volante, quando dois homens numa moto se aproximaram e atiraram. Cintia Fonseca, mãe da grávida, também, foi ferida por um dos disparos. Letycia Peixoto chegou a passar por uma cesárea em um hospital, mas seu filho, que seria chamado de Hugo, não resistiu e também morreu. Além do professor, outras quatro pessoas suspeitas de participação no assassinato estão presas.

Dois homens são apontados na investigação como ocupantes da motocicleta, de onde um deles fez os disparos. O terceiro preso teria intermediado a contratação dos executores. Já o último detido seria o dono do veículo usado no crime.

Fonte: Jornal Extra

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