O doleiro Alberto Youssef, um dos principais alvos da Operação Lava Jato, foi preso nessa segunda-feira (20) em Itapoá, no norte de Santa Catarina.
Segundo o jornal Estadão, Youssef foi preso preventivamente por determinação da atual juíza que cuida da operação, na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, especializada em crimes financeiros e lavagem de ativos. A prisão teria ocorrido por crimes tributários.
A decisão se baseia em um relatório da Receita Federal, que dizia que o suspeito não havia devolvido todos os valores desviados aos cofres públicos “e que suas condições atuais de vida são totalmente incompatíveis com a situação da imensa maioria dos cidadãos brasileiros".
O juiz afirma que o doleiro está com diversos endereços e que "estaria morando na praia", o que "evidência uma situação muito privilegiada e que resulta incompatível com todas as condenações já proferidas em matéria criminal".
Na decisão, o magistrado ainda lembra do fato que Youssef tentou comprar um avião e um helicóptero, que contribuíram para a prisão preventiva.
Durante as primeiras fases da Operação Lava Jato, o doleiro fez um acordo de delação premiada. Ele trocou a redução de sua pena por informações sigilosas que poderiam levar a prisão de outras pessoas envolvidas no esquema. Ele é apontado como um dos principais líderes de pagamento de propinas e lavagem de dinheiro.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a operação devolveu R$ 4,3 bilhões aos cofres públicos e levou a condenação de 174 pessoas em 1ª e 2ª instância. O Tribunal de Contas da União (TCU) estima que o esquema causou prejuízos de R$ 18 bilhões na Petrobras.
Fonte: Hoje em Dia