Ao completar cem dias como presidenta da CEF (Caixa Econômica Federal), na quinta-feira (27), Rita Serrano anunciou que 8 milhões de beneficiários de programas sociais receberão o novo cartão do PBF (Programa Bolsa Família), que também é um cartão de débito do banco.
Além de fazer o saque do benefício, quem é atendido pelos programas do governo poderá usá-lo para fazer compras, pagar contas e, até transferir dinheiro pelo aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp. Segundo Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, a emissão dos cartão ajudará a promover a inclusão bancária da população mais vulnerável, reduzindo as filas nas agências.
“Os beneficiários que estão ingressando no programa neste ano já estão recebendo o novo cartão, com todas essas facilidades”, afirmou Dias, no evento que comemorou os primeiros dias de Rita na presidência da CEF
Além dos 8 milhões de cartões, na ocasião, Rita Serrano destacou as medidas mais importantes do início de sua gestão, como o programa Mulheres da Favela, que vai aumentar a criação de empregos; a entrega de mais de 3.600 unidades do Minha Casa Minha Vida; a contratação de 613 novos empreendimentos habitacionais, com a geração de 324 mil empregos diretos e indiretos; e a abertura de 19 agências, com a previsão de instalação de outras 30.
A presidenta da instituição bancária falou, ainda, sobre a retomada dos investimentos em cultura, e anunciou a abertura de um edital de R$ 30 milhões, voltado a projetos para a programação dos centros Caixa Cultural, em 2023 e 2024.
"A promoção do acesso à cultura é uma ação de preservação da identidade dos brasileiros, e estamos resgatando esse valor tão importante para o país”, ressaltou.
A Caixa divulgou um plano estratégico com diretrizes para os próximos cinco anos. Segundo o documento, as ações do banco se basearão nos seguintes eixos: pessoas, clientes, habitação, governo, governança, sustentabilidade e tecnologia.
Reta final
Segundo o MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), o Programa Bolsa Família está entrando na reta final de implantação nos sistemas operacionais, que terá uma nova estrutura de benefícios a partir de junho.
A reestruturação corrige distorções que o programa adquiriu na gestão anterior, e põe em foco as famílias em situação de maior vulnerabilidade, aprimorando a política de transferência de renda e superação da pobreza. Isso é feito a partir da articulação interministerial e interfederativa das políticas de assistência social, saúde, educação e emprego.
As mudanças para a criação do Novo Bolsa Família começaram em março, com a publicação da MP (Medida Provisória) nº 1.164, e o início do pagamento do Benefício de Primeira Infância, destinado às crianças de zero a 7 anos incompletos (6 anos e 11 meses). Desde então, mais de 7 milhões de crianças recebem, cada uma, o valor adicional de R$ 150 por mês.
Em junho deste ano, todas as famílias estarão 'migradas' da estrutura de benefícios do Programa Auxílio Brasil para a do novo Bolsa Família, que é mais equitativa e visa assegurar um valor básico a cada cidadão, além de reforçar a atenção às crianças e aos adolescentes.
Na migração entre os programas, as famílias beneficiárias não precisam realizar nenhum cadastro adicional. Serão migradas todas as famílias que estiverem na folha de pagamento em maio de 2023, com exceção daquelas em que for verificado, no mês de migração, o descumprimento das regras de gestão de benefícios do Programa Bolsa Família.
Fonte: Portal Macajuba Acontece