O roubo de cargas deu prejuízo de R$ 1,2 bilhão no Brasil apenas em 2022. Foram 13.089 ocorrências, a maioria absoluta na região leste do país, que concentra 85,18% dos registros. Os dados fazem parte de uma pesquisa feita pela Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), em parceria com órgãos públicos e privados.
Alimentos, combustíveis, produtos farmacêuticos, autopeças, materiais têxteis e de confecção, cigarros, eletroeletrônicos, bebidas e defensivos agrícolas são as mercadorias mais visadas por quadrilhas e grupos criminosos.
O levantamento também mostrou que os casos diminuíram em relação ao ano anterior. A queda foi de 9,1%. Em 2021, houve 14.400 ocorrências, que levaram a um rombo de R$ 1,25 bilhão.
Com 11.610 registros apenas em 2022, o Sudeste é a região mais visada pelos assaltantes. Por esse motivo, con[/TEXTO]centra também a maior parte do prejuízo: R$ 966,59 milhões. A pesquisa traz dados sobre os estados.
Em segundo lugar vem a região Sul (6,12% dos casos, com perda de R$ 89,77 milhões), seguida pela Nordeste (4,66%, R$ 65,71 milhões), Centro-Oeste (2,81%, R$ 47,54 milhões) e Norte (1,23%, R$ 19,31 milhões).
“A cada ano vemos os números reduzirem, mas mesmo assim precisamos continuar combatendo para que um dia consigamos não ter que apresentar dados como esse”, diz Francisco Pelucio, presidente da NTC&Logística.
Segundo Roberto Mira, vice-presidente de segurança da associação, a resposta aos problemas consiste no fortalecimento da ação dos órgãos de segurança pública e no estreitamento de parcerias com as empresas do setor e com entidades representativas. Essa abordagem tem se mostrado eficaz ao longo do tempo, diz.
“Uma das ferramentas fundamentais são os sistemas de rastreamento e verificação da qualidade do transporte, que têm se mostrado cada vez mais importantes a cada ano. Esses sistemas permitem acompanhar em tempo real a localização e o status das cargas, o que auxilia na identificação de possíveis problemas e na tomada de ações rápidas para solucioná-los”, afirma.
“As empresas estão se tornando cada vez mais preparadas e equipadas para lidar com os desafios relacionados ao roubo de cargas. Essa postura proativa é fundamental para continuar reduzindo os índices desse tipo de crime”.
A Polícia Rodoviária Federal em Minas foi procurada, desde terça-feira (6) à noite, para informar dados do Estado e as ações que vem desenvolvendo no combate a este tipo de crime, mas informou que só se manifestaria na semana que vem.
Fonte: Hoje em Dia