A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (06) a Operação Deep Bank, objetivando a repressão a crimes contra o Sistema Financeiro Nacional consistentes em operações de evasão de divisas, fraudes em contratos de câmbio e operações irregulares de instituições financeiras.
A investigação iniciou-se a partir da análise dos elementos colhidos durante a Operação Cash Box (deflagrada em 27.5.2021), no âmbito da qual se constatou que uma empresa, com sede em Amparo/SP, que atuava como correspondente bancário se utilizou do grande fluxo de capital decorrente desta atividade para a prática de atos ilícitos.
Enquanto correspondente bancário, a empresa se utilizava do dinheiro proveniente do pagamento de contas de luz, água e outros boletos para fornecer dinheiro em espécie a operadores financeiros paralelos, contribuindo para as práticas criminosas destes.
Além disso, foram colhidos indícios de que a empresa passou a comercializar moeda estrangeira sem autorização, além de intermediar operações de evasão de divisas, conhecidas como dólar-cabo.
A presente fase, denominada Deep Bank (uma referência à deep web para demonstrar um submundo bancário), visa coibir principalmente a prática dos crimes de evasão de divisas e operação irregular de instituição financeira, sendo direcionada para alguns dos clientes deste correspondente bancário, que se utilizaram de seus serviços para ocultar transações bancárias e efetuar remessas ilegais de recursos para o exterior.
São cumpridos oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal em São Paulo, nos municípios de Campinas, Amparo, Pedreira e Santos, todos no estado de São Paulo.
Além das buscas, a Justiça Federal autorizou o bloqueio de bens e valores dos envolvidos no montante de R$ 129 milhões.
A soma das penas dos crimes constatados durante a investigação, todos contra o Sistema Financeiro Nacional podem chegar a 26 anos de prisão.
*Com informações de Polícia Federal e Gazeta Brasil