Justiça de SP decreta prisão preventiva de PM que matou funcionário que prestava serviço para CET
DIVERSOS
Publicado em 15/07/2023

 

A Justiça de São Paulo mantém preso preventivamente a prisão do policial militar que atirou e matou um funcionário terceirizado que instalava sinalizações de trânsito em uma via na Zona Norte de São Paulo, na noite desta quinta-feira (13).

A morte de Alberes Fernandes de Lima, de 35 anos, que trabalhava para o consórcio Moove-SP provocou dois protestos, um na madrugada desta sexta e outro à tarde, ambos na Rodovia Fernão Dias.

 

A vítima era responsável pelas ciclofaixas de lazer na capital e estava fixando materiais de comunicação visual da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) em postes.

Segundo testemunhas, Alberes estava em cima de uma escada, amarrando uma faixa de sinalização na Avenida General Pedro Leon Scshneider, em Santana, quando o material escapou de sua mão e atingiu a moto em que estavam o PM de folga e um amigo.

Houve discussão entre o funcionário e o agente, que sacou a arma e atirou. Alberes não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

O agente Hartur Bruno de Cicco foi preso em flagrante e passou por audiência de custódia nesta sexta (14). Ele foi indiciado por homicídio e a arma do crime foi apreendida.

 

Um funcionário que estava com Alberes no momento da confusão afirmou à polícia que a faixa passou perto, mas não chegou a atingir a motocicleta do policial, que teria descido do veículo, entrado em luta corporal e atirado em seu colega.

 

O que diz o consórcio

 

Em nota, o consórcio Moove-SP, empresa que presta serviço para a CET, lamentou a morte do funcinário:

"Expressamos nossa mais profunda solidariedade e condolências à família, amigos e colegas de trabalho. O Consórcio Moove-SP está acompanhando a apuração dos fatos pelas autoridades competentes e prestará todo apoio e suporte aos familiares".

 

 

O que diz o PM

 

 

Segundo boletim de ocorrência, o policial militar afirmou à Polícia Civil que transitava pela avenida, quando teve que fazer uma manobra brusca para desviar de uma faixa que estava sendo colocada na via, e que parou para indagar um homem que estava no alto da escada.

Contudo, ele alega que o funcionário Alberes Fernandes o agrediu com socos, pediu para ele se retirar da moto e ainda teria tentado pegar sua arma que estava na cintura.

O PM ainda afirmou, conforme o boletim de ocorrência, que "para resguardar sua integridade física conseguiu sacar a arma e efetuou um disparo", e acionou uma viatura.

Depois, afirmou que a arma disparou acidentalmente.

 

Em nota, a SSP disse que a vítima teria feito menção de estar armada e, por isso, o PM reagiu. O policial foi indiciado por homicídio e vai passar por audiência de custódia.

 

Protesto da tarde de sexta

 

No km 86 da Rodovia Fernão dias, km 86, sentido Belo Horizonte mais um protesto por causa da morte de Alberes Fernandes de Lima foi registrado.

Os manifestantes atearam fogo em pedaços e madeira e pneu e bloquearam todas as pistas que saem da capital. Cerca de 150 pessoas gritavam palavras de ordem e justiça.

A concessionária Artéris disse que uma fila de mais de três quilômetros de formou por causa do protesto.

A Polícia Militar esteve no local e disparou balas de efeito moral e bombas de gás para afastar manifestantes.

 

Moradores do bairro protestaram contra o crime durante a madrugada e chegaram a fechar trecho da Rodovia Fernão Dias.

A polícia foi acionada e usou bombas e balas de borracha para dispersar os manifestantes. A via foi liberada por volta de 1h20.

 

Fonte: G-1

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