A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) anunciou nesta terça-feira (25) o lançamento da campanha 'A Vida por um Fio', que visa conscientizar crianças, jovens e adultos sobre os riscos que envolvem a prática de soltar pipa com linhas cortantes.
A comercialização destes produtos é proibida por lei desde 2019. A partir da data, o Disque Denúncia Unificado (DDU) registrou 436 denúncias de ocorrências envolvendo cerol e linha chilena.
Durante os próximos dias, o órgão vai divulgar dicas para que a prática seja feita em segurança. Não é recomendado brincar perto de linhas elétricas ou no alto de telhados e lajes, em locais movimentados. Procure sempre ir para lugares abertos, parques e praças.
O assessor da Superintendência de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, Flávio Augusto Xavier e Silva, encoraja a sociedade a denunciar e prevenir casos como esses no estado.
“As denúncias anônimas são uma importante ferramenta para o trabalho das forças de Segurança Pública. Elas permitem que qualquer pessoa informe irregularidades ou atos ilícitos sem precisar se identificar. Isso pode ajudar a evitar ações criminosas, assegurando um período de férias tranquilo”, relata.
Risco de choque
Neste mês, a Cemig emitiu nota reforçando a importância dos cuidados com a brincadeira em áreas urbanas, devido ao risco de contato da linha da pipa com os cabos de energia elétrica, podendo provocar um choque elétrico.
Segundo Lauro Fernando, gerente de Segurança do Trabalho da Cemig, a linha pode se transformar em um condutor, trazendo risco de lesões. O gerente ainda alerta a respeito de crianças que amarram os papagaios com arames e fios, materiais que ficam energizados após contato.
“Hoje em dia, com a grande quantidade de redes de distribuição nos centros urbanos, a brincadeira de soltar pipas nesses locais ficou inviável. Caso a pipa fique presa em um componente da rede elétrica, a pessoa pode tomar um choque de até 13.800 volts. Por isso, é fundamental que os pais orientem seus filhos para evitar acidentes que podem até matar", explica em nota divulgada pela empresa.
Linhas cortantes: o que diz a lei
A comercialização de linhas cortantes, como cerol ou linha chilena é proibida pela lei 23.515/2019, com multas de R$ 3.590 a R$ 179 mil em casos de reincidência.
Se a linha apreendida estiver em posse de um menor de idade, os pais ou responsáveis legais da criança ou adolescente serão notificados e o caso será encaminhado ao Conselho Tutelar.
Fonte: Rádio Itatiaia