O atacante Pedro foi ausência na reapresentação do Flamengo nesta segunda-feira (31). O jogador, que foi agredido no sábado (29) nos vestiários do Independência, após a vitória por 2 a 1 do rubro-negro diante do Atlético, pode ir à Justiça para pedir uma rescisão contratual.
Segundo Gustavo Lopes, advogado e especialista em direito esportivo, há argumentos para que o atacante consiga deixar o Flamengo. Isso porque a agressão foi sofrida por um funcionário do seu empregador.
"O Pedro pode pedir na Justiça a rescisão por culpa do empregador, uma vez que ele foi agredido pelo empregador/preposto/funcionário do empregador e inclusive ser indenizado por isso. Ele ficaria livre para assinar com qualquer outro clube, sem contrato vigente", comentou.
Para Gustavo, ainda há mais possibilidades, além de poder ficar livre no mercado. Pedro ainda pode receber um valor de multa e pedir indenização.
"No âmbito laboral e laboral esportivo, quando ocorre a rescisão do contrato de trabalho por culpa do empregador, em razão de uma justa causa, a gente chama de rescisão indireta. Então seria uma rescisão indireta por culpa do empregador. Ele ficaria livre, receberia a cláusula compensatória desportiva e ainda caberia um dano moral", explicou.
Pedro, de 26 anos, soma 37 jogos na temporada com 26 gols marcados. O atacante foi utilizado pelo Flamengo no Brasileirão por 13 vezes. Por exceder o limite de partidas (7 jogos), não poderia ser utilizado no Campeonato Nacional por outra equipe.
Uma eventual rescisão o deixaria livre para assinar com qualquer clube do mundo sem a necessidade de respeitar período determinado de transferência. O centroavante está no Flamengo desde 2020 e tem contrato até 2027. No início do mês, rejeitou proposta milionária do Al-Hilal, da Arábia Saudita.
O caso
Depois da vitória sobre o Atlético, por 2 a 1, neste sábado (29), no Independência, o atacante Pedro foi agredido com um soco no rosto pelo preparador físico Pablo Fernández, da comissão técnica de Jorge Sampaoli.
Pablo Fernández teria se irritado com o jogador pelo fato de o atacante ter deixado o aquecimento e ter se dirigido ao banco de reservas após as entradas de Luiz Araújo e Everton Cebolinha. Àquela altura, Sampaoli ainda tinha uma substituição possível, que foi queimada em seguida com a entrada de Thiago Maia no lugar de Filipe Luís.
Pablo Fernández foi demitido na noite deste domingo (30) pela diretoria do Flamengo. A cúpula rubro-negra decidiu pela permanência do técnico argentino Jorge Sampaoli.
Fonte: Rádio Itatiaia