Candidato à Presidência do Equador é assassinado a tiros
DIVERSOS
Publicado em 10/08/2023

 

O candidato à presidência Fernando Villavicencio foi assassinado na tarde desta quarta-feira em Quito. Durante um comício no centro-norte da cidade, o candidato e ex-legislador foi alvo de agressão por pistoleiros que efetuaram diversos disparos contra ele, conforme testemunhas e vídeos do incidente (acima).

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, confirmou o assassinato de Villavicencio, afirmando que “pela memória e pela luta dele, garanto que esse crime não ficará impune”. Lasso expressou sua indignação e consternação diante do ocorrido, convocando com urgência o Conselho de Segurança do Estado para avaliar a situação. Ele concluiu sua mensagem no Twitter afirmando que “o crime organizado já avançou muito, mas toda a força da lei cairá sobre eles”.

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Juan Zapata, também confirmou que o candidato não sobreviveu ao ataque. Amigos próximos de Villavicencio, como o jornalista Christian Zurita, também lamentaram sua morte, afirmando que “mataram meu amigo”.

O médico Carlos Figueroa, que acompanhou Villavicencio durante seu exílio na selva durante a perseguição ao governo de Rafael Correa, confirmou o falecimento e indicou que o horário da morte foi às 18h45 (hora local).

Villavicencio, que tinha 59 anos, se dedicou a investigar casos de corrupção durante seus dois anos como deputado, expondo irregularidades ocorridas durante o mandato de Rafael Correa. Ele enfrentou perseguição política durante o governo de Correa e teve que se refugiar na selva com uma comunidade indígena.

Em 19 de maio, o movimento Construye 25 anunciou apoio à candidatura de Villavicencio, liderado pela ex-ministra María Paula Romo. Antes de entrar na política, ele era jornalista investigativo, sendo fundamental para abrir investigações judiciais relacionadas a casos de corrupção.

A notícia do assassinato do candidato abalou o país. Durante a campanha eleitoral, Villavicencio e sua equipe receberam ameaças, algumas ligadas ao grupo criminoso Los Choneros e seu líder conhecido como Fito. O ataque também deixou policiais feridos, conforme evidenciado em vídeos de testemunhas.

Candidatos à presidência, como Luisa González do movimento Revolución Ciudadana, expressaram indignação diante do assassinato de Villavicencio, prometendo que esse ato não ficará impune.

A esposa e gerente de campanha do candidato Yaku Pérez anunciou a suspensão da campanha presidencial, classificando o ataque como um “assassinato covarde” e um ataque à democracia.

 

Outros candidatos, como Otto Sonneholzner e Jan Topic, também lamentaram a morte de Villavicencio e demonstraram solidariedade com sua família e apoiadores.

Fonte: Gazeta Brasil

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