Gasolina fica mais cara e atinge nível recorde em um ano
DIVERSOS
Publicado em 26/08/2023

 

O preço médio do litro da gasolina nos postos do país atingiu R$ 5,88, marcando o maior nível desde julho de 2022. Durante a semana, o preço do combustível aumentou R$ 0,23 (4%) em relação à semana anterior, quando estava a R$ 5,61. Esses dados foram divulgados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) nesta sexta-feira (25).

No decorrer deste ano, o maior valor registrado tinha ocorrido na primeira semana de julho, logo após a retomada da cobrança integral de impostos federais. Nesse período, o preço médio da gasolina alcançou R$ 5,67.

Dentre os combustíveis, o diesel S-10 foi o que experimentou o maior aumento, tendo ficado R$ 0,55 mais caro em uma semana, passando de R$ 5,50 para R$ 6,05, o que representa uma alta de 10%. O etanol também sofreu um acréscimo de 1,3%, indo de R$ 3,61 para R$ 3,66 por litro.

O aumento nos preços da gasolina e do diesel é resultado do reajuste implementado pela Petrobras em suas refinarias desde o dia 16 de agosto, impactando, por consequência, a inflação. A alta de julho na inflação oficial de preços foi notável, registrando um avanço de 0,12%, conforme informado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A gasolina, sendo o subitem de maior peso no índice, foi o produto que mais contribuiu para o aumento da inflação, com uma variação de 4,75% no mês. No mês anterior, junho, o combustível havia apresentado uma queda de 1,14% em seu valor.

 

André Almeida, analista responsável pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), explicou que essa variação ocorreu mesmo com as reduções prévias aplicadas nas refinarias antes do aumento de agosto. Ele afirmou que a alta de julho capturou a reoneração dos impostos, com a reintrodução da cobrança integral das alíquotas de PIS e Cofins.

 

Após o anúncio do reajuste feito pela Petrobras, analistas do Itaú Unibanco revisaram sua projeção de inflação para o ano, aumentando-a de 4,9% para 5,1%. O boletim do banco indicou que o reajuste foi mais elevado do que a expectativa de curto prazo, tendo um impacto adicional de aproximadamente +25 pontos-base nos meses de agosto e setembro.

Fonte: Gazeta Brasil

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