O deputado federal declarou que vai ajudar na 'construção do centro' e previu uma 'grande aliança' no partido para 2024
O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) revelou que o partido deve lançar um candidato ao governo de Minas Gerais em 2026.
"Certamente, para o governo do estado teremos [candidato em 2026]. Vamos construir uma grande aliança para o ano que vem. O PSDB vai participar dessa construção", declarou Aécio durante sua participação no quadro MGR na Política, da Record TV Minas, na noite desta quinta-feira (28).
Questionado sobre uma eventual candidatura em 2026, o tucano declarou que quer "ajudar nessa construção". "Eu faço política passo a passo. Eu tive a minha oportunidade. Eu sou muito racional. Quase vencemos a eleição. O país seria outro. Hoje, eu acho que vou ser um aliado importante na construção do centro. Existe vida inteligente fora dos extremos. Temos que convencer a maioria dos brasileiros disso", avaliou.
O político, entretanto, vê força na legenda para emplacar um presidenciável na próxima disputa federal. "O Brasil merece um projeto ousado do ponto de vista da economia, liberal na economia e inclusivo do ponto de vista social. Quem tem condições de liderar esse caminho, a meu ver, é o PSDB, com reflexos nos estados e aqui em Minas Gerais", apontou.
Durante a entrevista, Aécio Neves ainda comentou o projeto que elevou o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de produtos considerados supérfluos, aprovado nesta quinta-feira na Assembleia de Minas. Ele avaliou como um “equívoco”: “Smartphone é bem de necessidade para toda a sociedade”, criticou, sobre os itens da lista.
Questionado sobre a dívida bilionária do Governo de Minas com a União, Aécio avaliou que a tentativa de solução do problema não é a mais eficiente. “Se até o final do ano não tiver uma proposta viável, o estado pode ter dificuldade para quitar a folha de pagamento do mês seguinte. Isso porque não fez os ajustes que precisavam ser feitos. A venda pura e simples das empresas públicas não me parece o melhor caminho para reequilibrar as finanças do estado”, criticou.
“Eu digo sempre que considero o governador [Zema] um homem correto e de bem. Mas eu digo com muita clareza que ele não compreendeu ainda o que é ser governador de Minas Gerais. Alguns cargos públicos, o governador de Minas é um deles, têm suas responsabilidades muito além das fronteiras do estado. Ele teria que estar interferindo nas definições de questões nacionais extremamente sérias que impactariam, inclusive, na negociação do seu regime fiscal”, completou.
Foto: Jair Amaral/Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Fonte: R7
