Justiça dá liberdade provisória a tutor de pit bulls que mataram criança de 1 ano em Betim (MG)
MINAS
Publicado em 06/10/2023

Investigado por homicídio culposo será liberado sem o pagamento de fiança; vítima foi enterrada nesta quinta-feira (5)

O juiz Leonardo Cohen Prado, da 3ª Vara Criminal de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, concedeu liberdade provisória ao tutor dos pit bulls que atacaram e mataram uma menina de 1 ano e 5 meses na cidade, nesta quarta-feira (4). A decisão é desta quinta-feira (5), mesma data em que a pequena Luísa Vitória foi enterrada.

O magistrado declarou que a decisão foi tomada "diante da excepcionalidade da medida cautelar prisional, das condições pessoais do flagrado, das circunstâncias da prisão em flagrante e da suficiência de outras medidas cautelares". O investigado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, não precisará pagar fiança.

Em contrapartida, o juiz determinou que o homem deverá declarar o atual endereço, número de telefone para contato, comunicar eventual alteração e comparecer a todos os atos do inquérito ou processo. “O flagrado deverá ser advertido de que o desrespeito às restrições impostas poderá resultar na decretação da prisão”, destacou o juiz Leonardo Cohen Prado

A morte

O caso aconteceu quando Luísa estava na casa da tia, Joyce Carolina, de 25 anos, que também foi atacada e teve várias lesões nos braços.

A menina tinha o costume de ficar na casa da parente, que cuidava da sobrinha enquanto a mãe da criança trabalhava. Já estava quase na hora de Luísa voltar para a casa em um bairro vizinho.

O marido de Joyce, Talles Rafael da Silva Oliveira, de 30 anos, é o tutor dos cães. Os animais ficavam presos em uma parte do quintal e eram separados do restante do imóvel por paletes, placas de madeira usadas para movimentar cargas.

Ao ouvir os gritos e latidos dos cães, vizinhos tentaram ajudar as vítimas. A polícia foi acionada e, ao chegar ao local, encontrou a criança caída no chão, com diversos ferimentos pelo corpo e um corte profundo na região do pescoço. Segundo o boletim de ocorrência, os militares tentaram socorrer a menina, mas ao aproximarem, foram surpreendidos por um dos cães.

O animal rosnava e ameaça um novo ataque. Os policiais precisaram abater um dos cães. O outro cão foi preso em um dos cômodos da casa.

A família diz que os cães foram criados pelo dono desde filhotes e eram acostumados com a presença de Luísa na casa.

Assim que recebeu alta, a tia foi para o velório da sobrinha. A mãe da bebê passou mal durante o velório. Parentes contaram que horas antes da morte da menina, o pai fazia planos de Luísa.

Foto: Reprodução/Record TV

Fonte: R7

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