Governador enviou ofício ao presidente da República, no qual solicita a retomada de três projetos que são de responsabilidade do governo federal e podem ajudar a enfrentar a crise hídrica

A estiagem severa, que mantém um em cada cinco municípios mineiros em situação de emergência devido à seca, levou o governador, Romeu Zema (Novo),  a recorrer ao governo federal em busca de ajuda contra a crise. Em ofício encaminhado diretamente ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nessa quinta-feira (28), o chefe do Executivo estadual solicitou a retomada imediata de três obras que  estão sob responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e que poderiam colaborar para a segurança hídrica no Norte de Minas, região mais afetada pela escassez de chuva.

“O Governo Estadual tem trabalhado na busca de soluções práticas e efetivas, para garantir o acesso a recursos hídricos nos locais afetados. Porém, há ações que dependem da atuação do Governo Federal e, por isso, solicitamos apoio do Excelentíssimo senhor presidente da República na retomada imediata de projetos de relevância hídrica”, pediu Zema no ofício enviado a Lula.

Entre as obras citadas pelo governador está o Projeto Hidro-Agrícola Jequitaí, que  teve licença de instalação suspensa em fevereiro deste ano, a pedido da Codevasf, por impossibilidade orçamentária para execução do empreendimento.

Além disso, Zema pede a retomada da contrução de um açude público que começou a ser construído em 1997, entre os municípios de Berizal e Taiobeiras, e está com as obras paradas desde 2020.

A terceira diz respeito à operação da Barragem Bico da Pedra, que fica em Janaúba, e foi instalada ainda na década de 1970. Segundo o governo de Minas, o reservatório é essencial para o abastecimento na região. Conforme as últimas medições, a represa estaria com menos de 60% de sua capacidade.

Embora dezembro seja um mês marcado pelo período chuvoso, atualmente, 170 cidades de Minas Gerais estão em situação de emergência por causa da seca ou estiagem. Os municípios afetados estão distribuídos entre as regiões Norte, Vale do Mucuri, Jequitinhonha e Vale do Rio Doce. A situação de emergência vale por 180 dias e é imposta em casos de situação anormal e grave, quando há iminência de danos à saúde e aos serviços públicos.

Foto: Ilustração

Fonte o Tempo