Os universitários mineiros ocupam o segundo lugar no ranking de contratos inadimplentes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), segundo balanço do Ministério da Educação. Atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais reúne 127 mil contratos inadimplentes, e as dívidas desses universitários alcançam a cifra de R$ 6,5 bilhões — representando a segunda maior dívida do país e o segundo maior número de alunos endividados com o programa do Governo Federal. O terceiro lugar do ranqueamento é ocupado pela Bahia, com 108 mil contratos inadimplentes e dívida próxima a R$ 5,3 bilhões. Em São Paulo, os inadimplentes são 294 mil e a dívida total ultrapassa R$ 10 bilhões.
No ano passado, em novembro, o governo criou o Desenrola do Fies, que propõe descontos de até 99% para alunos interessados em renegociar a dívida e retomar a graduação. Três meses após o início do programa, apenas 12% dos mais de um milhão de universitários endividados aderiram à medida. “Hoje, mais de 1,2 milhão de pessoas estão endividadas com o Fies e estão aptas a renegociar as dívidas. Até agora, a adesão ao Desenrola está baixa. Queremos que as pessoas se regularizem e possam voltar à universidade, que possam limpar seus nomes”, afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana, na semana passada.
O programa foi criado para minimizar o alto índice de inadimplência entre os universitários que buscam uma graduação com o Fundo de Financiamento. Estão aptos a renegociar as dívidas aqueles cadastrados no CadÚnico, com contratos celebrados até 2017, que têm débitos não quitados até junho do ano passado. O mesmo critério se aplica àquelas pessoas que receberam Auxílio Emergencial na pandemia de coronavírus.
Estudantes que não se enquadram nessas duas categorias, mas que têm dívidas vencidas há mais de um ano — a data de referência é 30 de junho de 2023 — também podem pedir a renegociação Para eles, o desconto chega a 77% do valor da dívida.
Fonte: Site da Rádio Itatiaia