‘‘Pachecão governador’’ e tropa de Zema: os bastidores da visita de Lula a BH
MINAS
Publicado em 15/02/2024

 

Ainda repercute, nos bastidores da política mineira, a primeira visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Minas Gerais em seu terceiro mandato, ocorrida na semana passada. Um dos acontecimentos mais comentados “nos corredores” está um coro que deu à agenda ares de arquibancada. “Ô ô ô, Pachecão governador”. Foi assim que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi recebido por um deputado federal do PT instantes antes de começar sua fala no Minascentro. 

O apoiador de Pacheco fez questão de levantar da cadeira para ser visto pelo senador e pelo governador Romeu Zema (Novo), cuja presença foi também marcada por vaias por parte de petistas mais acalorados. 

Ainda que tenha sofrido com as vaias e com alfinetadas de ministros, Zema teve sua tropa de choque no Minascentro. À direita das autoridades, estava um conjunto de pessoas ligado ao empresariado mineiro. O expoente do grupo era o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe. 

Sempre que as vaias pareciam tomar corpo, o grupo aplaudia o governador. O mesmo gesto era feito quando o chefe do Executivo estadual fazia referências positivas ao setor produtivo mineiro. 

Também chamou a atenção a movimentação do deputado federal Rogério Correia (PT-MG), pré-candidato do partido à Prefeitura de BH. Sem qualquer referência à campanha dele por parte de Lula e dos ministros, o parlamentar trocou de assento diversas vezes durante o evento, enquanto os outros deputados ficaram mais agrupados, próximos dos seus nichos políticos. Publicamente, o presidente chegou a acenar para a possibilidade de apoiar o atual prefeito Fuad Noman (PSD). 

Quando a coletiva de imprensa começou, também houve irritação de ministros. O problema aconteceu por uma aglomeração de pessoas à direita do palco, numa tentativa de tietar o presidente Lula. Paulo Pimenta (Comunicação Social) chegou a chamar a atenção dos militantes e deputados que falavam alto durante as respostas aos questionamentos dos jornalistas.

 

Fonte: Jornal O Tempo

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